Em Corinto

Filha é presa suspeita de internar pai involuntariamente em clínica; motivo seria herança

Da Redação
portal@hojeemdia,com.br
10/05/2023 às 14:11.
Atualizado em 10/05/2023 às 14:13
Delegacia de Polícia Civil em Corinto (Divulgação/PCMG)

Delegacia de Polícia Civil em Corinto (Divulgação/PCMG)

Um homem, de 32 anos, e uma mulher, de 31, foram presos em flagrante pela Polícia Civil de Minas Gerais, suspeitos do sequestro de um idoso, de 62, internado involuntariamente em clínica terapêutica, localizada na zona rural de Corinto, região Central do estado. A suspeita presa é filha do  idoso. Já o suspeito foi identificado como o responsável pela clínica.

A prisão ocorreu na terça-feira (9). As investigações iniciaram após amigos da vítima denunciarem à Polícia Civil a condução e internação involuntária do homem. Na clínica, os policiais se depararam com o idoso, o qual confirmou estar no estabelecimento contra a vontade. Por manifesto interesse, estando em perfeito estado de suas faculdades mentais, o homem foi resgatado do local.

Os policiais observaram que o estabelecimento não apresentava características de unidade de saúde ou hospitalar, tratando-se de clínica terapêutica. O local é cercado por muros altos com concertina e mantém o portão constantemente trancado, não sendo possível a saída dos internos.

O dirigente e responsável pela clínica sabia da ilegalidade e admitiu a internação involuntária do idoso, motivo pelo qual foi conduzido e preso em flagrante por sequestro. Nas mesmas condições, a investigada, que autorizou e custeou a internação do pai, também foi detida.

Motivação
De acordo com a vítima, a internação ocorreu a pedido das duas filhas. Ele suspeita ter sido internado devido ao interesse delas em uma indenização trabalhista recebida por ele (no valor de R$ 29 mil) e em uma herança que lhe renderá vultuosa quantia em dinheiro. O idoso contou ainda que uma das filhas teria transferido parte dessa quantia (R$ 10 mil) sem o seu consentimento.

No decorrer das investigações, será apurado o envolvimento da outra filha da vítima no sequestro, bem como outros crimes previstos no Estatuto do Idoso.

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