Um homem foi morto a facadas e enxadadas pelo filho adotivo, na noite desta segunda-feira (6), em Governador Valadares, no Leste do Estado. O crime aconteceu por volta das 20h30 no bairro Maria Eugênia e chocou a população da cidade pela brutalidade. Preso pela Polícia Militar, o acusado disse que matou porque soube que o pai era pedófilo. O delegado Fábio Sfacin investiga o caso e diz que é preciso cautela para que injustiças não sejam cometidas. A Polícia Militar (PM) foi acionada por um homem de 24 anos que passava pela rua e ouviu os gritos de socorro de Pedro Venâncio da Costa, de 56 anos. Essa testemunha contou à PM que o agressor tentou fugir, mas voltou para dentro de casa depois que o viu no portão. A PM prendeu o acusado na garagem da casa, mesmo local onde o corpo foi encontrado. O acusado, Roger Gonçalves de Souza, de 24 anos, tem passagens por porte ilegal de armas e homicídio. Ele contou à PM que ficou sabendo que o pai adotivo era pedófilo e decidiu que deveria morrer. Então armou-se com duas facas e aguardou que saísse do banheiro. Mesmo ferido com várias facadas, Costa saiu correndo para o quintal, gritando por socorro. Mas foi alcançado e morto a enxadadas - a ferramenta estava no quintal. A ocorrência relata que o agressor ainda tentou degolar Pedro Venâncio. Familiares contaram à PM que a vítima era uma pessoa honesta e trabalhadora e que havia adotado o sobrinho como sendo o seu filho. Recentemente eles discutiram porque o rapaz estava pegando dinheiro dentro de casa. Segundo o delegado de Homicídios, Fábio Sfalcin, o caso requer cautela. Ele não soube informar se o rapaz estava drogado e se a justificativa dele tinha fundamentos. “Recebi o caso do plantão e ainda não ouvi o rapaz. Também vamos chamar integrantes da família para traçar o perfil dele e o da vítima. Depois falo sobre o caso”, enfatizou, recomendando cuidado com a divulgação do caso. “É preciso muito cuidado para não denegrir a imagem de pessoas do bem”. Esse é o 96 homicídio registrado este ano em Valadares.