Filho é preso suspeito de esfaquear pai até a morte; perícia não conseguiu contar perfurações
(Reprodução/Street View)
Um jovem de 19 anos foi preso nesse sábado (27) suspeito de matar o pai, de 48, com tantas facadas que a Polícia Civil não conseguiu precisar o número de perfurações. O crime aconteceu em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a Polícia Militar, os agentes foram chamados pelo irmão da vítima, que afirmou que o homem estava morto deitado na cama. Os policiais foram até o local e perceberam que não havia sinais de arrombamento ou de bagunça na casa nem no quarto da vítima.
A perícia da Polícia Civil esteve no local e constatou tantas perfurações que será preciso aguardar o laudo da autópsia para confirmar o número exato de facadas.
O rapaz filho da vítima estava na casa e contou à PM que havia trabalhado com o pai na sexta-feira (26) até cerca de 19h e o teria visto pela última vez por volta das 22h, quando ele saiu de casa para dormir na casa de amigos. O filho, ainda, afirmou que encontrou o corpo do pai por volta de 12h do sábado. Testemunhas no local afirmaram à PM que o rapaz estava muito tranquilo e que, antes da morte, tinha discussões frequentes com o pai, que tentava fazer o filho andar na linha após o rapaz ter sido preso no início do ano por estelionato.
A suspeita sobre o rapaz foi reforçada quando ele mostrava mensagens no celular para provar o que estava dizendo e os policiais perceberam uma troca entre ele e a namorada na qual ele dizia "to indo resolver meu b.o, torce por mim" (sic), à qual a moça respondeu com um símbolo de bênção. Após essa conversa, uma mensagem com a palavra "resolvido" foi enviada por ele às 23h59.
Questionado, o rapaz teria se enrolado para responder até justificar dizendo que a conversa era sobre uma bebida que ele precisava comprar. Além da conversa, outro ponto que reforçou as suspeitas foi o fato de o rapaz ter dito, após chegar em casa do trabalho, que o pai estava tomando banho, mas o homem morreu com a mesma roupa que usou para trabalhar.
A Perícia constatou, ainda, que pela rigidez cadavérica a vítima teria sido morta na noite de sexta-feira. Embaixo do colchão, os agentes ainda encontraram uma cartela vazia do medicamento Clonazepam, usado para controlar crises epilépticas. Na casa, os agentes encontraram uma faca que pode ter sido a arma utilizada para o assassinato. O rapaz foi levado para a Delegacia de Plantão de Ribeirão das Neves e um inquérito já foi aberto para apurar as circunstâncias do homicídio.