Finalmente, presos vão ficar com celular mudo

Renata Galdino - Hoje em Dia
12/02/2014 às 08:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:58
 (Amandeu Barbosa/Hoje em Dia/Arquivo)

(Amandeu Barbosa/Hoje em Dia/Arquivo)

Após uma novela que já durava pelo menos cinco anos, o bloqueador de sinal de celular será finalmente ligado no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, em 12 de março. O sistema começou a ser instalado na última semana. O investimento é de R$ 1,6 milhão.   A data foi confirmada na última terça-feira (11) pelo governador Antonio Anastasia, durante o anúncio da construção de 11 presídios e ampliação de outros quatro no Estado, dentro do Plano Mineiro de Humanização do Sistema Penitenciário. A demora na implantação do equipamento na Nelson Hungria, segundo ele, decorreu de entraves jurídicos. A empresa perdedora da licitação entrou com liminar na Justiça requerendo direitos.   Os testes do bloqueador foram realizados entre 2009 e 2010. Na época, conforme o Hoje em Dia mostrou na edição de 2 de dezembro de 2012, o sistema foi aprovado, mas não vingou.    A partir do próximo mês, no entanto, detentos que ainda se valiam de telefones celulares para se comunicar com cúmplices fora da cadeia não conseguirão fazer ligações e mandar mensagens pelos aparelhos. A tecnologia possui equipamentos direcionais que impede a comunicação móvel dentro do presídio. O sistema, porém, garante sinal para vizinhos da unidade.   Mais vagas   A previsão é a de que os editais de licitação para a construção de duas das 11 unidades prisionais e reforma de quatro presídios sejam publicados hoje no “Minas Gerais”, órgão oficial do Estado, com a expectativa de criar mais 5.485 vagas. As obras devem ser iniciadas em 90 dias e concluídas em dez meses. O investimento total é de R$ 171,6 milhões em recursos do Estado e da União.    Até o final de 2015, o Estado espera ter mais 15 mil vagas em presídios. O déficit hoje é de cerca de 16 mil. “Não vai zerar, porque até lá aumentará a demanda. Mas o número certamente será bastante

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