(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
Cerca de 50 servidores da fiscalização integrada da Prefeitura de Belo Horizonte realizam uma paralisação nesta segunda-feira (23). Eles reivindicam melhorias nas condições de trabalho e aumento no número de pessoal. Parados na entrada da Prefeitura, na rua Goiás, eles esperam respostas do governo. De acordo com o fiscal e presidente do Sindibel, Israel Arimar de Moura, atualmente 250 fiscais atuam na capital. No entanto, o número é insuficiente, sendo necessários, segundo ele, pelo menos 1000 profissionais. "Esse número acaba resultando em excesso de carga de trabalho e adoecimento dos servidores", explicou. Ele ainda questionou a estrutura de trabalho. "Temos que trabalhar com nosso carro porque a Prefeitura não nos oferece um veículo. Recebemos apenas um auxílio deslocamento de R$ 400, que acaba não dando para o mês inteiro", disse. Além disso, os servidores reivindicam o fim do regime celetista, ou seja, profissionais que não têm os mesmos direitos trabalhistas que os do regime estatutário. Durante o ato, uma comissão de fiscais foi recebida pelo secretário de governo. "Caso não tenhamos nossas reivindicações atendidas, vamos começar com a operação padrão, que é começar a autuar e multar a própria prefeitura", frisou Israel. FISCALIZAÇÃO INTEGRADA O presidente do Sindibel explicou que em 2011 foram unificados todos os fiscais que atuavam em BH (posturas, obras, controle ambiental, limpeza urbana e atividades urbanas). Na época, segundo Moura, havia cerca de 300 profissionais, mas a promessa era de que haveria concurso para aumentar o efetivo para 600. "Ainda não houve esse concurso, mas a prefeitura anunciou que vai lançar edital para formação de nível médio. Exigimos que seja a nível superior devido às atribuições do cargo", afirmou.