(Patrícia Santos Dumont)
No Cemitério do Bonfim, o mais antigo da capital mineira, na região Noroeste da cidade, jazigos e mausoléus são enfeitados com flores e velas por quem foi prestar homenagens a familiares e amigos, neste feriado de Finados.
Maria Cristina Abreu e Silva, de 62 anos, foi com o marido, Luiz Fernando de Abreu e Silva, de 64. Eles aproveitaram o dia que, para eles, tem um significado especial, para limpar o jazigo da família, onde estão sepultados pais e avós de Luiz Fernando.
"É o momento de reverenciar quem não está mais presente fisicamente. É o mínimo que podemos fazer por quem um dia fez tanto por nós. São gestos de gratidão e amor", disse Maria Cristina, enquanto enfeitava o local com rosas vermelhas.
À distância
As irmãs Fabíola Conceição Gonçalves, de 79 anos, e Mercês Augusta Gonçalves, de 66, não terão oportunidade de visitar os familiares, a maioria deles sepultados em Guanhães, no Leste do estado. Ainda assim, foram ao Cemitério do Bonfim rezar por parentes e amigos.
"Escolhemos um jazigo com sombra pra rezar o terço para todas as almas que aqui estão. É nossa forma de fazer uma homenagem digna a quem amamos", comentou Fabíola.
Acervo
O Cemitério do Bonfim é o mais antigo da capital mineira, inaugurado em 1897. Reconhecido pelo acervo histórico, caracterizado por esculturas decorativas nos jazigos e mausoléus, ele abriga dezenas de personalidades, como o ex-governador de Minas, Raul Soares.
O Dia de Finados é comemorado pela igreja católica desde a Idade Média. A data escolhida para a celebração, 2 de novembro, tem relação com o dia anterior, Dia de Todos os Santos, quando são lembrados todos os que morreram em estado de graça, e que não tiveram a oportunidade de ser canonizados ou que não são lembrados em orações por ninguém.
A Prefeitura de Belo Horizonte espera receber, nesta segunda, mais de 125 mil pessoas nos quatro cemitérios públicos da capital, Bonfim, Consolação, cemitérios da Paz e da Saudade.