Quem assiste ao show de um grupo de quadrilha nem sempre sabe que, antes de subir no palco, foram necessários vários meses de ensaio e dedicação de cada dançarino. No caso da equipe Fogo de Palha, que se apresenta na próxima sexta-feira (28), a preparação para o Arraial de Belô começou ainda em 2012. Tudo para conseguir notas altas o suficiente para uma boa classificação na maior disputa junina do Estado.
“Logo após competir na última edição do Arraial, saí com a cabeça borbulhando de novas ideias. Coloquei tudo isso no papel e, já em agosto, comecei a preparar a coreografia para este ano”, contou Helder Juan Borges que, além de coreógrafo, é presidente e noivo do grupo.
Cada movimento foi ensinado aos 20 casais desde fevereiro. Com tanta antecedência, o grupo está tranquilo às vésperas da apresentação. E, na contramão da maioria dos conjuntos de quadrilha, até diminuiu o ritmo de ensaios na reta final. “Já fizemos tudo que era necessário. Agora só estamos acertando os últimos detalhes”, afirmou.
Desde o ano de criação do grupo, em 2005, no bairro Alto Vera Cruz, o quinto lugar no Arraial de Belô foi a melhor posição alcançada pelo Fogo de Palha. Para melhorar o resultado em 2013, o grupo prefere manter tudo em segredo. Não revelam, nem mesmo o tema da apresentação. “O Arraial de Belô é definido por décimos. Então, vamos esconder tudo do público. A surpresa é a cereja do bolo”.
Forró de Minas
Quem também corre atrás de melhores notas é o Forró de Minas, do bairro Jardim América. Por muito tempo, o grupo figurou entre as três melhores equipes de quadrilha de BH. No ano passado, porém, ficou na oitava posição e agora se esforça para voltar ao topo do ranking.
“Acho que ousamos demais em 2012 e acabamos perdendo um pouco da essência da quadrilha mineira. Decidimos retroceder e, na quinta-feira, apresentaremos uma coreografia sem muitas inovações, mas que tenha a cara de Minas”, contou Mauro Henrique de Oliveira Melo, que assume diversas funções no grupo: presidente, marcador, coreógrafo e dançarino.
É ele também que ficou responsável pela criação do figurino. “Segui o estilo ‘jeca-chique’. Nos vestidos, por exemplo, há fuxicos para representar o artesanato mineiro e pedras que remetem à riqueza da nossa terra”.