meio ambiente

Foliões e banhistas estão proibidos de frequentar a represa Várzea das Flores, em Betim, no Carnaval

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
17/02/2023 às 19:37.
Atualizado em 17/02/2023 às 19:48
Prefeitura de Betim proíbe ocupação da represa Vargem das Flores no feriado de Carnaval (Anselmo UBL / Prefeitura de Betim / Divulgação)

Prefeitura de Betim proíbe ocupação da represa Vargem das Flores no feriado de Carnaval (Anselmo UBL / Prefeitura de Betim / Divulgação)

A partir deste sábado (18) até a próxima quarta-feira de cinzas (22) o acesso de foliões à represa Vargem das Flores, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está proibido pela prefeitura do município.

Podem circular pela região apenas moradores que vivem no entorno da lagoa, de acordo com o decreto nº 43.724. De acordo com a administração municipal de Betim, a medida acompanha a recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a pedido da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A ideia é preservar o reservatório, que é utilizado para abastecer 12 municípios da região metropolitana, além de Betim. 

De acordo com a prefeitura, agentes da Guarda Municipal e da Defesa Civil vão atuar para evitar aglomerações no entorno da represa. Também não será permitida a prática de esportes náuticos e atividades que possam impactar o meio ambiente. Os bares próximos ao espaço também estão proibidos de funcionar no período. 

A ação vai integrar o trabalho das equipes da Polícia Militar, da Polícia Ambiental, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Marinha do Brasil. 

A represa Vargem das Flores foi projetada e construída na década de 1970, com objetivo de armazenar água para tratamento e consumo. A barragem funciona ainda como bacia de contenção, amortecendo a água das chuvas que caem nos córregos que contribuem para o volume da represa. Esse amortecimento evita inundações em vários bairros de Betim. 

“Já tivemos cerca de 10 mil banhistas frequentando a orla, por dia, no período de Carnaval. A bacia não foi construída para lazer, uma vez que as vias de acessos e também da orla são vias estreitas e não possuem rede de drenagem”, explica o superintendente municipal de Defesa Civil, Walfrido Lopes.

O entorno da lagoa não possui rede de coleta de esgoto para tratamento, alerta os superintendente, e qualquer aglomeração de pessoas pode provocar degradação na represa, poluindo a água e dificultando o tratamento para o consumo. 

“As equipes de fiscais e de posturas também estarão presentes no local para garantir que, mesmo que passe pelo entorno da lagoa para chegar a seu imóvel, não consuma nenhum produto no local”, destacou Walfrido Lopes. 

As vias que dão acesso à represa terão barricadas para evitar acesso de pedestres e servirão como ponto de fiscalização de veículos que transitarem pelo local. Motoristas que estiverem com veículo ou documentação irregular sofrerão as penalidades das leis de trânsito. 

A Marinha do Brasil também estará presente nas operações para fiscalizar as embarcações que estiverem navegando no espelho d’água. 

De acordo com a Defesa Civil, a represa não foi projetada para a prática de esportes náuticos. E a utilização de embarcações também causa degradação e poluição ao meio ambiente, uma vez que os escapamentos emitem fuligem, que prejudicam o tratamento da água para o consumo humano.

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