A solução para problemas relacionados ao meio ambiente no entorno da lagoa Várzea das Flores, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pode estar em uma força-tarefa que começa a atuar no local a partir do mês que vem. Os objetivos principais são obras para regularização do esgotamento sanitário, vistorias relacionadas ao uso e ocupação do solo e conscientização dos moradores do entorno com relação à importância da área.
“Vamos recuperar o meio ambiente em volta para que possamos ter garantida a qualidade da água, que está dentro dos níveis para consumo, mas ainda é poluída pelo esgoto de moradores da região”, explica o assessor especial da Secretaria de Governo de Contagem, Tiago Fabiano Souza. A água da lagoa abastece cerca de 400 mil pessoas da região metropolitana.
O trabalho para dar destinação correta ao esgoto da região está orçado em R$ 87 milhões e faz parte de um convênio entre a prefeitura e a Copasa, com ações previstas até 2016.
De olho
A administração municipal vai ficar responsável por mapear a ocupação residencial e comercial no entorno da lagoa. “Já identificamos alguns loteamos irregulares que serão vistoriados pelos técnicos da prefeitura. O loteamento e a construção de formas indevidas acabam interferindo diretamente na questão ambiental”, alega Souza. Isso porque a lagoa Várzea das Flores está inserida em uma Área de Proteção Ambiental (APA) com mais de 12 mil hectares.
A área foi transformada em APA por meio de uma lei estadual de 2006. O problema é que a norma não foi regulamentada, o que dificulta o trabalho de proteção, revitalização e investimento em melhorias para o local.
Ainda é realizada outra força-tarefa para o recolhimento de entulhos, resíduos sólidos, limpeza de fossas, além da proteção das áreas verdes na região da Várzea das Flores.
A Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Obras e Limpeza Urbana, realiza a limpeza do local três vezes por semana. São recolhidas cerca de 640 toneladas de lixo por mês.
A degradação provocada pela falta de consciência ambiental e ocupações irregulares no entorno da lagoa Várzea das Flores foi mostrada ontem pelo Hoje em Dia.
Outros espelhos d’água da RMBH padecem com água turva, mau cheiro, lixo acumulado e aguapés, planta aquática que se prolifera na presença de esgoto. As péssimas condições são perceptíveis em Confins, Vespasiano e Lagoa Santa.
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