Com traje de banho, cadeiras de descanso e isopor, pessoas voltaram a ocupar o importante espaço público, que teve as fontes reformadas
Após dez anos sem lançar uma gota d`água, as fontes da Praça da Estação, no Centro, foram religadas nesta semana. O reparo dos equipamentos interativos e agora luminosos foi feito durante as obras de revitalização do cartão-postal. Neste sábado (28), o local voltou a ser ocupado pela população, em meio a agenda de campanha de candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
A ocupação do espaço público da capital ganhou força a partir de 2010, quando foi criado o coletivo Praia da Estação. Na época, as pessoas questionavam o uso da área. A iniciativa ganhou força e fez sucesso durante o Carnaval da capital.
As fontes passaram de funcionar em 2014. Depois, com a pandemia e o fechamento da praça para a reforma, o movimento foi obrigado a dar uma "pausa".
Neste sábado, no melhor estilo "praia", muitas pessoas foram à praça para aproveitar o dia de forte calor, com temperatura acima dos 30°C. Alguns levaram traje de banho, cadeiras de descanso e isopor para ocupar o espaço, que também contou com batuques de blocos do Carnaval.
O publicitário Celso Haddad, de 29 anos, aprovou o retorno. "Acho ótima a reabertura, agora com as fontes funcionando. É um espaço democrático, ocupado por públicos de todas as classes sociais", disse o jovem, que espera que o movimento seja constante a partir de agora.
"É muito oportuno em meio esse calor termos a volta desse espaço de convivência. Agora precisamos cuidar dele. Antes, as fontes já funcionavam bem mais ou menos. Que agora elas sigam ligadas com mais frequência para que as pessoas possam aproveita".
As novas fontes têm dois tipos de aspersores - aparelhos que fazem a distribuição de água. O primeiro, tipo névoa, serve para avisar quem estiver passando pelo local que o jato será acionado. À noite, em pleno funcionamento, são exibidas as cores vermelha, verde, azul e roxa na base.
Além das fontes, a praça contará com novos piso, bancos, lixeiras e paisagismo. Canaletas e grelhas danificadas também foram trocadas. As obras levaram quase um ano para serem entregues e custaram R$ 8,1 milhões em recursos próprios do município.
Em meio à farra das pessoas que voltaram a ocupar o importante espaço público da capital, agendas de campanha dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foram realizadas. O prefeito Fuad Noman, que busca a reeleiação, esteve por lá. Duda Salabert (PDT) também. O candidato do PT, Rogério Correia, também deve passar pelo local.
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