Em 2024

FOTOS: vagões que transportaram JK e Getúlio Vargas serão revitalizados e expostos em museu

Restauração dos carros, do início do século XX, e construção do local onde ficarão vai custar cerca de R$ 500 mil

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
26/12/2023 às 16:59.
Atualizado em 26/12/2023 às 20:40
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Dois vagões históricos datados de 1919 e que transportaram os ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek serão revitalizados e colocados em exibição ao público em um novo museu ferroviário, que será inaugurado em 2024. A expectativa é que a reforma dos carros seja concluída no primeiro semestre, quando o espaço deverá aberto ao público.

Recentemente, o Hoje em Dia mostrou que os veículos estavam desprotegidos no pátio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na região central de Belo Horizonte. Eles foram cobertos após a publicação da reportagem. Na semana passada, foram removidos e levados para um espaço em Contagem, na região metropolitana da capital.

Os bens de relevância cultural para a história de Minas foram doados pelo Iphan ao Instituto Cultural de Artigos e Carros de Época (ICACE).

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Segundo o fundador do ICACE e conselheiro estadual de Cultura, Jeferson Rios, a restauração dos vagões e a construção do museu vai custar cerca de R$ 500 mil. O montante foi captado de empresas do setor privado via Lei de Incentivo à Cultura, ao longo de cinco anos.

“Será feita uma estação de trem fictícia ambientada nos anos 30. Além dos vagões e trilhos da época, terá uma bilheteria, sino, relógio e até bilhetes. Nosso intuito é restaurar e rememorar o auge e o fim da rede ferroviária em Minas, na década de 1950”, detalha a o idealizador do projeto. 

No próximo dia 6 de janeiro, a diretoria do ICACE irá se reunir com representantes da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para aprovar uma readequação do projeto de construção do novo museu ferroviário em Contagem.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Patrimônio imaterial 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional destacou que a doação dos vagões  tem por finalidade a recuperação e conservação do patrimônio histórico-cultural ferroviário.

O Iphan explicou que embora os vagões estivessem mantidos sob a guarda do Iphan, ambos pertenciam ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) antes de serem doados, e não passaram pelo processo de valoração, instrumento de acautelamento definido pela Lei n. 11.483/2007 para o patrimônio da extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). O processo é similar ao tombamento de edificações e monumentos, ou ao registro de bens culturais do patrimônio imaterial.

Ainda segundo o Iphan, por este motivo, os vagões não precisam necessariamente ser restaurados com a completa restituição de todos os elementos artísticos originais da época de sua construção, podendo passar por um processo mais simplificado de reforma.

O Hoje em Dia entrou em contato com a Secult e aguarda retorno.

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