Frequentadores contam um pouco das suas relações com o Parque Municipal

Sara Lira - Hoje em Dia
26/09/2014 às 17:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:22
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

A história dele se mistura com a de Belo Horizonte. Situado no coração da cidade, em meio a uma das principais avenidas e mesclado ao centro comercial da capital, o Parque Municipal comemora 117 anos.

Projetado no final do século 19, conta com um espaço de 182 mil metros quadrados e possui uma farta flora, fauna, lago e um espaço de lazer que atrai muita gente todos os dias.

Para celebrar o aniversário, uma série de atividades está programada para este fim de semana. No sábado (27), entre 15h30 e 17h30, será apresentado o espetáculo “Sem Fonia Musical”, na Praça do Trenzinho. Às 16h, o Coral Lírico de Minas Gerais apresenta um concerto no Gramadão. No domingo (28), o Palhaço Chuveirinho promete levar diversão na Praça do Trenzinho, de 10h ao meio-dia.

Veja a galeria de imagens do Parque Municipal:

Confira a seguir, experiências de pessoas que se misturam com a história centenária do Parque Municipal.

O pai da autônoma Eliane Stéfani, de 22 anos, era dono de um dos carrinhos de cachorro-quente que está no parque há mais de 40 anos. Atualmente, é ela quem cuida do negócio ao lado dos irmãos. Foi por meio do lucro obtido com a venda que vinha o sustento da família. Ela se lembra que quando os pais iam trabalhar, levavam os filhos juntos porque não tinha quem cuidasse das crianças. “Ficávamos quase o dia todo brincando no parque. Uma vez, meu irmão foi dar comida para os peixes e caiu no lado. Foi um susto, mas ele foi socorrido a tempo. Um tempo depois, quando comecei a estudar, as aulas de educação física eram realizadas aqui. Esse lugar é muito especial para mim e minha família”, afirmou Eliane.

A Do lar Claiciane Rocha, 36, costuma ir com os filhos frequentemente para fazer um pique-nique. Eles aproveitam para brincar, conversar, rir e relaxar. Ela acredita ser muito importante passar esse tempo com eles em um lugar como o parque municipal. “Esses nossos programas já renderam algumas histórias hilárias. Uma vez eles quiseram andar de barco. Eu fui, mas fiquei com muito medo de afogar. Fiquei desesperada e eles caçoam de mim até hoje por causa disso”, conta Claiciane.

A pipoqueira Maria das Dores, 53, trabalha no parque ajudando no negócio da família. Ela conta que frequentava o Parque Municipal durante a infância com a mãe e os irmãos. O futuro sogro era pipoqueiro no parque e o marido, ainda criança, ajudava a família. “Nos conhecemos na juventude, em uma loja que trabalhamos juntos. Começamos a namorar e hoje temos 29 anos de casados. Atualmente trabalho na barraca de pipoca junto com a família dele e o negócio ajuda na renda da nossa família. Provavelmente, nos encontramos durante a infância aqui, mas quis o tempo que nos conhecêssemos anos depois. Ainda assim, esse lugar é muito importante para nós e nossa família”, relata Maria das Dores.

A cuidadora de idosos Gildete de Souza Santos, 48, costumava levar o filho mais velho ao parque quando ele era criança. O tempo passou e, atualmente, ela leva a neta às sextas-feiras, dia que a cuidadora tem folga no trabalho. “Normalmente nós vamos para o parque para ela poder brincar, tomar um sorvete e eu aproveito para descansar a mente pois é um lugar que tem muita tranquilidade”, destaca Gildete.

 

A primeira vez que o pedreiro Wendel Ambrósio foi ao Parque Municipal ficou na memória. Ele tinha sete anos quando foi passear em Belo Horizonte com a família. Andou no trenzinho, brincou e se divertiu bastante. Morador de Ouro Branco, na região Central, ele afirma que o dia foi um grande programa. Anos depois, de passagem pela capital com o filho que veio para uma consulta médica, ele aproveitou para apresentar o parque à criança. “Passamos um dia muito agradável, andamos de barquinho e nos divertimos. Já está nos meus planos voltar aqui com meus outros filhos pois eles precisam conhecer este espaço”, garantiu Wendel.

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