A mulher do ex-caseiro do sítio do goleiro Bruno Fernandes, Gilda Maria Alves, disse em depoimento à Polícia Civil que ficou com muito medo quando começaram as investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Ela revelou que "fugiu" do local onde trabalhava, junto com o marido, José Alberto Machado, e os dois filhos, por receio do que poderia acontecer com sua família, já que "eles não eram nada e Bruno e seus amigos eram tudo". Por conta desta situação, Gilda disse ainda que o casal de filhos parou de frenquentar a escola. A declaração de Gilda Maria foi colhida durante a fase de investigação do processo e está sendo exibida, em um vídeo, no Fórum Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). As imagens estão sendo mostrada para os réus, jurados, advogados e para a juíza Marixa Fabiane Rodrigues a pedido da advogada Carla Silene, defensora de Fernanda Gomes Castro, ex-namorada do atleta. A advogada dispensou duas testemunhas de defesa para exibição de dois vídeos. No primeiro, o caseiro José Alberto Machado disse que viu Eliza Samudio pela primeira vez no sítio dias antes de seu desaparecimento. Já nas imagens feitas de Gilda Maria, que começaram a ser exibidas às 16h14 desta quarta-feira (21), a mulher do ex-caseiro revelou que ganhava, junto com o marido, R$ 1 mil para trabalhar no sítio. A mulher contou que viu Eliza no local pela primeira vez no dia 7 de junho de 2010. Além da ex-amante de Bruno, o filho que a mulher teve com o atleta também estava lá. A funcionária de Bruno disse ainda em seu depoimento que ajudou a tomar conta de Bruninho (filho de Bruno com Eliza) pelo menos até o dia 23 de junho. Mas Gilda garantiu que não viu Eliza Samudio ser espancada e morta no sítio do goleiro Bruno. Além disso, a funcionária disse que não viu Fernanda no local. Quando a polícia começou a investigar o sumiço de Eliza ela ficou com muito medo, já que "a corda arrembenta sempre para o lado mais fraco" e que poderia acontecer com ela e com a família "o mesmo que pode ter acontecido com essa moça que está sumida". Após deixarem o sítio onde trabalhavam, a família optou por não ir morar na chácara que possuíam pois era próximo do sítio de Bruno e o endereço era conhecido do atleta.