Trabalhadores do Centro de Saúde do bairro Jaqueline, Região Norte de Belo Horizonte, paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (10). Eles realizaram manifestação em frente ao centro de saúde para protestar contra o aumento da violência no local. Durante a manhã, os funcionários organizaram também uma passeata que percorreu algumas ruas do bairro e contou com a participação de usuários dos serviços de saúde, comerciantes e moradores da região. Conforme um dos manifestantes, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014 houve média de um roubo de veículo por semana no local. “A região é realmente muito perigosa, tiroteios são constantes. Vários médicos estão pedindo transferência e quem perde com isso somos nós [a população] que fica sem ter a quem recorrer”, afirmou João Carlos Lino de Souza, morador da região e usuário do centro de saúde. Agressões Além dos assaltos, os funcionários do centro de saúde reclamam também das agressões às quais são obrigados a conviver em seu cotidiano de trabalho. Recentemente, um usuário jogou as próprias fezes, que seriam coletadas para um exame, no rosto de um funcionário. “Temos uma ótima relação com a comunidade atendida em nosso centro de saúde e sabemos que não são todos os usuários que fazem isso, mas é inadmissível que um servidor público seja obrigado a passar por esta humilhação”, disse um funcionário que preferiu não se identificar.