Cerca de 500 pessoas fizeram abraço simbólico ao Hospital Júlia Kubitscheck na manhã deste sábado (23), na região do Barreiro, em BH (Fernando Michel/Jornal Hoje Em Dia)
Funcionários, conselheiros de saúde e moradores da região do Barreiro, onde fica o Hospital Júlia Kubitscheck fizeram, na manhã desse sábado (23), um abraço simbólico à instituição.
A ação foi coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG).
Segundo Neusa Freitas, o ato contou com uma adesão maior do que a esperada pela organização. "Segundo a PM, cerca de 500 pessoas estavam presentes. Líderes religiosos, vereadores, presidentes de associação dos bairros, além dos trabalhos e da comunidade. O ato foi além das nossas expectativas", disse.
No local, houve gritos de ordem e faixas de protesto contra o encerramento das atividades da unidade de emergência do hospital, que se encontra fechada desde o último dia 5. Os manifestantes também fizeram críticas quanto ao anúncio do fechamento de outro setor: o ambulatório de atendimento à saúde da mulher.
A ação acontece um dia após funcionários denunciarem falta de insumos hospitalares para funcionamento do local. De acordo com os servidores, faltam luvas, seringas, agulhas, cateter, entre outros materiais. A unidade é administrada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que afirmou que não há desabastecimento de medicamentos e insumos em suas unidades.
Em nota enviada à reportagem, a Fhemig também esclarece que a unidade passa por uma reorganização temporária após a melhoria nos índices epidemiológicos. A meta, segundo a Fundação, é manter os 40 leitos de UTI abertos durante a pandemia e ampliar o bloco cirúrgico.
Ainda no comunicado, a Fhemig ressaltou que a capacidade do hospital será ampliada em 40% e que, neste momento, está em andamento um processo seletivo que oferece 43 vagas para técnicos de enfermagem, 15 enfermeiros e 26 médicos anestesiologistas, além de outras categorias.
Para o Sind-Saúde, a Fhemig e o governo de Minas Gerais tentam desqualificar as denúncias. "A proposta desse governo é tomar decisõe de forma unilateral. Essa iniciativa da Fhemig e do governo de desqualificar os trabalhadores não é novidade para nós", disse Neusa.
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