(Reprodução/Freepik)
Membros da comunidade acadêmica da UFMG podem fazer o teste para Covid-19, gratuitamente, no campus Pampulha, em Belo Horizonte. A iniciativa abrange servidores docentes e técnico-administrativos, estudantes e funcionários terceirizados.
O exame inclui método experimental que utiliza a saliva e o RT-PCR. A coleta do material é feita das 8h às 12h, no pilotis do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e não é necessário agendamento.
Método
O método de saliva está em estágio de validação e é conduzido pelo grupo de pesquisa liderado pelo professor Vasco Azevedo, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do ICB. Ele utiliza a espectrometria (Fourier Transform Infrared Spectroscopy - FTIT), em que a amostra é lida por um aparelho de luz infravermelha.
A validação dos resultados do exame é feita por laboratórios associados, utilizando o RT-PCR, que usa amostras colhidas no nariz e na garganta com um swab (semelhante a um cotonete). Os resultados são comparados.
Os testes podem ser realizados mesmo que a pessoa esteja assintomática e não tenha tido contato com infectados pelo novo coronavírus. Segundo Vasco Azevedo, fazer o rastreio na comunidade da UFMG, mesmo nos assintomáticos, ajudará a impedir a proliferação do vírus e a garantir um retorno mais rápido às atividades presenciais na UFMG.
Testagem ampliada
Se confirmado que o teste feito com análise da saliva tem eficácia equivalente à do RT-PCR, a técnica será submetida à aprovação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Autorizada, a capacidade de testagem brasileira deverá ser ampliada significativamente, de acordo com os pesquisadores do ICB.
A coleta de saliva é mais fácil que a do material de nariz e garganta, e o resultado sai quase imediatamente. O exame não precisa ser feito em um laboratório de análises clínicas – qualquer hospital que tenha o aparelho de luz infravermelha pode analisar o material.
Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail lgcmftir@outlook.com.