falsa enfermeira

'Fura-filas' que receberam soro em vez de vacina da Covid pedem indenização na Justiça

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
19/04/2022 às 15:37.
Atualizado em 19/04/2022 às 15:44
 (Redes Sociais / Reprodução)

(Redes Sociais / Reprodução)

Dois homens que tentaram furar a fila da vacinação contra Covid-19 e foram vítimas de uma falsa enfermeira pedem reparação de danos e podem ser indenizados na Justiça. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público (MP) ao Tribunal de Justiça (TJMG) no dia 8 deste mês. 

Apesar de MP ter comprovado que centenas de pessoas caíram no golpe, apenas duas pessoas ofereceram representação em relação ao crime de estelionato.

De acordo com o pedido do MP, uma das vítimas pede reparação com valor mínimo de R$ 2.280. Para a outra pessoa lesada, o valor mínimo deve ser de R$ 6.500. 

A acusada foi indiciada em 8 de abril suspeita de encabeçar esquema de vacinação clandestina, em Belo Horizonte. Ela vai responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

O golpe 

Os crimes aconteceram em março de 2021, quando o acesso às vacinas contra a Covid-19 ainda era escasso. Cláudia Torres se passava por enfermeira e prometia às vítimas o imunizante contra a doença - utilizando o nome do laboratório Pfizer - quando, na realidade, a substância aplicada era soro fisiológico. 

Empresários mineiros chegaram a pagar R$ 600 reais por dose da "vacina". As vítimas eram famílias de condomínios de luxo, empresários e políticos.

Além da falsa enfermeira, foram denunciadas outras sete pessoas. De acordo com as investigações da Polícia Federal, os envolvidos no esquema movimentaram cerca de R$ 700 mil. 

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