(Maurício Vieira/Hoje em Dia)
Passageiros que utilizam o metrô de Belo Horizonte e região metropolitana podem seguir enfrentando transtornos como maior intervalo entre as viagens até o próximo sábado (5). O problema ocorre devido a danos ao sistema de sinalização causados por furtos de cabos de cobre ocorridos durante o período em que o modal ficou paralisado devido à greve dos metroviários.
De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG), os trens operam com lentidão desde a segunda-feira (20). A redução da velocidade é aplicada a fim de garantir a segurança do tráfego e do próprio usuário em todo o sistema. Com isso, as composições trafegam a 25 km/h nos trechos afetados pelo furto dos cabos, o que gera atrasos e, consequentemente, cancelamentos de algumas viagens.
Ao todo, onze pontos estão sendo afetados, ocasionando redução de velocidade - sete deles entre estação Cidade Industrial e a José Cândido, no sentido Vilarinho, e quatro pontos, no mesmo trecho, no sentido Eldorado.
Equipes de manutenção da CBTU já trabalham para restabelecer o cabeamento nos locais afetados, a fim de normalizar a sinalização e promover a volta dos intervalos regulares entre as viagens. A previsão é que até o próximo sábado (25) todos os pontos danificados, até o momento, tenham o serviço restabelecido.
A CBTU ressalta que as "melhoras já serão sentidas ao longo da semana". "Algumas manutenções precisam ser feitas de madrugada, quando não há circulação de trens e outras serão realizadas no próprio horário de operação. Em alguns trechos, as composições terão que circular em uma só via, devido às revitalizações", informa a companhia.
Prejuízos
Os atos de vandalismo ao sistema de trens de BH já geraram prejuízo de R$ 180 mil em 2023, conforme a CBTU. Até o momento, aproximadamente 550 metros de cabos de cobre foram furtados do sistema metroviário.
Somente este ano, já foram registradas 25 ocorrências de furto de cabos. Segundo a CBTU, a maior parte (90%) foi no sistema de sinalização - obrigando a circulação de trens em baixa velocidade, o que reflete em atrasos e até cancelamentos de viagens.