O goleiro Bruno Fernandes, condenado como mandante do assassinato de sua ex-amante, Eliza Samudio, a 22 anos e três meses de prisão, está preocupado com a redução da pena.
Nesta terça-feira (23), os advogados do atleta, Francisco Simin e Tiago Lenoir, fizeram uma visita a ele na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.
Com exclusividade para o Hoje em Dia, Lenoir disse que Bruno se mostrou interessado em ter o período de prisão reduzido e quis saber se isso ainda poderia acontecer. "Sobre os recursos, ele me perguntou se existe a possibilidade de cair a pena e eu disse que sim", informou o defensor ao Portal Hoje em Dia, após o encontro.
Também há a chance de a pena do goleiro ser aumentada em até dez anos, pois ele confessou apenas parte do crime e teve direito a um benefício.
Pena em regime fechado
A juíza Marixa Fabiane Lopes, que condenou o goleiro Bruno Fernandes de Souza a 22 anos e 3 meses pela morte de Eliza Samudio, acatou o pedido da promotoria e esclareceu um ponto obscuro da sentença. Logo após a condenação, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro entrou com um recurso de embargo declaratório. Ele não havia entendido se o atleta deveria cumprir a pena em regime fechado pelo total da pena ou somente pelo crime de homicídio, em que Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses de reclusão.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a juíza reconheceu na primeira semana de abril que faltou mencionar, no momento da leitura da sentença, o regime pertinente à totalização da pena. "Assim acolho os embargos para declarar que totalizada as penas fixadas ao réu Bruno Fernandes, em 22 anos e 3 meses de reclusão, será a reprimenda cumprida em regime inicialmente fechado", declarou no despacho.