Ministro Wellington Dias falou sobre tema no programa Brasil em Pauta (Reprodução Rede Social)
Em ofício encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), governadores solicitaram a compra das 54 milhões de doses da vacina CoronaVac com produção prevista pelo Instituto Butantan nos próximos meses.
O pedido foi feito em nome do Fórum Nacional de Governadores e assinado pelo presidente da entidade, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). O ofício destaca que a compra permitiria aos estados melhor planejamento na vacinação.
“A esse respeito, solicito ao Governo Federal celebração de contrato de compra firme do total de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, assim como o estabelecimento de acordo visando à apresentação do cronograma para a entrega das próximas doses, o que possibilitaria aos estados e municípios maior capacidade de planejamento na vacinação”, diz trecho do documento.
Em outro momento, os governadores ainda solicitam liberação para que os estados possam comprar o imunizante diretamente caso o governo não feche o acordo. Em uma publicação em suas redes sociais, Dias afirmou que caso o Ministério da Saúde não adquira as doses, ele o fará para o Estado do Piauí. “Não podemos banalizar esta doença séria que tem tirado a vida de brasileiros e brasileiras. Nós temos um objetivo que é imunizar todos os piauienses e vamos cumprir”, escreveu.
A requisição ocorre em meio à pressão do Instituto Butantan para que o Ministério da Saúde se manifeste sobre a possível compra deste lote adicional de CoronaVac. Por enquanto, só há acordo para 46 milhões de doses. Mas existe a possibilidade, em contrato, de adquirir 54 milhões de doses adicionais.
O Ministério da Saúde disse que tinha adquirido todas essas doses e o ministro Eduardo Pazuello chegou a citá-las em um pronunciamento oficial. Mas, depois o Butantan esclareceu que nem tudo está assegurado ainda.
Diante da situação, o diretor do instituto, Dimas Covas, disse que existia a possibilidade de exportar o lote de 54 milhões de doses previstas, o que gerou reação de governadores e aumentou a pressão no Ministério da Saúde.