Técnica é fruto de estudo desenvolvido pelo engenheiro de telecomunicações Nicollas Rodrigues (Pixabay)
Notícia falsa pode se espalhar mais rápido do que o próprio coronavírus e ser tão perigosa e letal quanto a Covid-19. Um dos reflexos da pandemia, principalmente frente à perspectiva da chegada da campanha de vacinação, é o aumento da circulação das chamadas fake news que põem em xeque a segurança da imunização.
O alerta vem da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) uma vez que, muitas vezes, esse tipo de conteúdo é atribuído a falas de autoridades e se espalha pelas redes sociais.
Segundo a pasta, desde dezembro do ano passado circula, via Whatsapp, mensagem atribuída falsamente ao secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, intitulada “Chegamos ao Pico”. Apesar de a mensagem estimular a adoção de protocolos sanitários e de distanciamento social, recurso usado para enganar o leitor, seu conteúdo é 100% falso.
Vale lembrar que as fake news confundem o público, promovem a desinformação e podem até mesmo colocar a vida dos mineiros em risco.
Cheque a notícia
A SES-MG dá algumas dicas de como verificar se uma informação da área de saúde relacionada à Covid-19 é falsa ou verdadeira:
Autoria: Geralmente, fake news não traz a identificação nominal do autor do texto, veículo de imprensa e ou timbre da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG);
Compartilhamento: Antes de compartilhar qualquer informação, cheque assinatura, origem, selos e ou timbre. E lembre-se: apenas conteúdos oficiais e verídicos devem ser compartilhados.
Mais exemplos
Nos últimos meses, com o coronavírus no centro da atenção mundial, há conteúdos falsos sugerindo que as pessoas podem se curar do SARS Cov-2 ingerindo o mesmo coquetel usado para tratar o HIV (vírus da Aids).
Na mesma linha, outras notícias mentirosas sugerem que o isolamento social é ineficaz. Ou até mesmo que a ingestão de água sanitária eliminaria o novo coronavírus do organismo.
Nos celulares de todo o país, viraliza ainda a fake news cujo conteúdo anuncia que a CoronaVac, produzida pela China em parceria com o Instituto Butantan, está sendo comercializada via internet. Neste caso, é preciso redobrar a atenção antes de compartilhar, uma vez que a notícia fraudulenta coloca a saúde da população em risco.
“Notícias falsas são um desserviço à sociedade e representam grande perigo para a todos pois ameaçam o êxito das ações em saúde pública”, declara Carlos Eduardo Amaral.
Médico e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o secretário faz um apelo para que a população busque informações a respeito da Covid-19 apenas nos canais de comunicação oficiais da SES-MG. "Diariamente, os dados sobre a pandemia são atualizados no site e demais mídias da SES-MG e do Governo do Estado".
Imunização
A coordenadora de Imunização da SES-MG, Josianne Dias Gusmão, chama a atenção para as graves consequências da desinformação e alerta que a população precisa se sentir segura para aderir à vacinação contra a Covid-19. “É importante que todos acompanhem os preparativos da campanha e recebam esclarecimentos para, então, compreenderem a importância da imunização”, frisa Josianne.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 será realizada conforme as diretrizes do Ministério da Saúde (MS), que colocará as vacinas à disposição, por meio Programa Nacional de Imunização (PNI).
A secretaria reforça que informações sobre saúde pública, incluindo a pandemia de Covid-19, devem ser conferidas nohttps://www.saude.mg.gov.br/, https://www.instagram.com/saudemg/?hl=pt-br, no https://www.facebook.com/SaudeMG/ ou no https://twitter.com/saudemg.