(Governo de São Paulo)
O governo de São Paulo afirmou, nesta quarta-feira (23), que os estudos da fase 3 demonstraram a eficácia da vacina Coronavac, mas não divulgou os dados, como havia prometido anteriormente. Em coletiva, o diretor do Instituto Butantan anunciou que o laboratório chinês pediu analisar os resultados obtidos entre os voluntários brasileiros para que haja uma divulgação simultânea, no Brasil e na China, dos dados referentes aos estudos em fase 3.
“Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial, seja aqui no Brasil, seja na China", disse o diretor do Butantan, Dimas Covas, acrescentando que não pôde divulgar os dados por conta de cláusulas do contrato assinado com a Sinovac.
Os resultados preliminares do estudo de fase 3 foram enviados para a China nesta quarta-feira (23) e o laboratório chinês pediu 15 dias para analisar os dados. A intenção é verificar se a taxa de eficácia obtida nos estudos brasileiros é similar à verificada entre os voluntários chineses.
Compras
De acordo com Covas, o envio dos resultados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai ocorrer apenas após a Sinovac analisar os resultados enviados pelo Butantan. Ele adiantou ainda que o Ministério da Saúde já apresentou interesse em comprar doses da Coronavac para o Programa Nacional de Vacinação – a negociação seria de 100 milhões de doses.
O diretor do Butantan disse ainda que a fase 3 dos estudos confirmou a segurança da vacina. Segundo ele, houve poucos registros de reações leves, sendo que foi prevalente a dor no local da aplicação.