Governo Federal quer privatizar aeroportos da Pampulha e Carlos Prates em BH

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
08/08/2017 às 18:22.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:59

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, afirmou, nesta terça (8), na Comissão de Infraestrutura do Senado, que estuda a concessão de aeroportos deficitários e superavitários no país, entre eles, os da Pampulha e Carlos Prates.

O assunto será discutido na próxima reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), marcada para o próximo dia 23 de agosto. Além de Minas Gerais, o lote do Sudeste reúne os aeroportos de Vitória (ES), Santos Dumont, Macaé e Jacarepaguá (RJ).

Desde o início do ano, a Prefeitura de BH, através do prefeito Alexandre Kalil (PHS), vem numa queda de braço com o governo federal para aumentar o número de voos no aeroporto da Pampulha e voltar a receber aviões de grande porte. Com capacidade para receber cerca de 2,2 milhões de passageiros por ano, o terminal vem amargando uma queda brusca.

Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, por exemplo, o aeroporto registrou apenas 3.093 embarques, contra 13.823 no mesmo período do ano passado, uma queda de 77,6%. Em maio, o Ministério dos Transportes vetou a retomada dos voos comerciais de grande porte no aeroporto, determinando que a operação na Pampulha ficasse limitada aos voos diretos com aeroportos regionais e serviços de táxi aéreo.

Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União, a volta destes voos à Pampulha traria impactos negativos, como a possível perda de conectividade do aeroporto metropolitano, redução ou eliminação dos voos internacionais e redução de opções de destinos conectados à Região Metropolitana.

Além disso, poderia haver risco de degradação na qualidade do serviço prestado na Pampulha em relação ao que hoje é oferecido em Confins e exigido pelo contrato de concessão. 

Outros lotes do leilão

Haverá, ainda, um bloco de aeroportos no Nordeste, composto por Recife, Maceió, João Pessoa, São Luís, Teresina, Aracaju, Petrolina e Juazeiro, e um no Centro-oeste, com Cuiabá, Sinop, Barra do Garça e Alta Floresta, todos em Mato Grosso. A inclusão do aeroporto de Viracopos para uma nova licitação ainda depende de análise jurídica sobre os procedimentos da devolução.

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