(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
Sessenta e duas instituições filantrópicas mineiras que atendem pelo Serviço Único de Saúde (SUS) tiveram um alívio com a liberação de R$ 119 milhões. O montante foi anunciado pelo ministro da Saúde Ricardo Bastos, que esteve em Belo Horizonte nesta terça-feira (18) para assinar as portarias de habilitação.
Na capital mineira, o maior investimento foi na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Leste, localizada no bairro Vera Cruz. Para a unidade, que tem capacidade de cuidar de até 500 pacientes por dia, o Governo Federal prometeu destinar R$ 3 milhões.
Os setores de terapia nutricional do Hospital Sofia Feldman e da Associação Beneficente Paulo Tarso foram contemplados, respectivamente, com R$ 246 mil e R$ 168 mil. Já o serviço de obesidade da Santa Casa irá receber R$ 12 mil.
Além dessas instituições, outros 53 hospitais e santas casas, e cinco UPAs irão receber recursos do ministério. No Estado, o maior repasse foi para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, beneficiado com R$ 6.718 milhões. No Brasil, o investimento total foi de R$ 395,5 milhões em 229 entidades. A verba será disponibilizada anualmente, sendo a única contrapartida realizar atendimentos pelo SUS.Breno Pataro/PBH
UPA Leste, inaugurada em dezembro de 2015, tem capacidade para fazer 500 atendimentos por dia
Recurso
Em evento realizado BH para comemorar o Dia do Médico, celebrado nesta terça-feira, Barros garantiu que o Governo possui outros R$ 3,5 bilhões para serem aplicados em instituições que prestem serviço gratuito à população.
O montante, conforme o ministro, foi levantado com a reforma administrativa promovida pelo presidente Michel Temer (PMDB) nos 100 primeiros dias de governo.
Polêmica
Em meio a discussão sobre o corte de gastos em diversas áreas com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita o crescimento dos gastos públicos à taxa da inflação pelos próximos 20 anos, Ricardo Barros refutou a análise de especialistas que garantem que a saúde e a educação serão prejudicadas.
"A PEC vai colocar o país de volta no crescimento. O crescimento vai nos permitir mais arrecadação e mais recurso para aplicar em todas as áreas do Governo, inclusive na saúde", declarou. "A saúde não perde recurso com a PEC 241, não há risco nenhum disso acontecer", completou, reforçando que as duas áreas são prioridades no orçamento do Governo.
Atualmente, o déficit do Brasil somente na área da saúde gira em torno dos R$ 20 bilhões. Com a "gestão austera", a expectativa do Governo é zerar esse rombo até o fim do ano que vem.