Orçamento

Governo Zema prevê rombo de R$ 7,1 bilhões em 2025

Proposta de Lei Orçamentária Anual foi recebida pelo Plenário da ALMG

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
16/10/2024 às 19:53.
Atualizado em 16/10/2024 às 19:53
Cidade Administrativa (Gil Leonardi / Imprensa MG)

Cidade Administrativa (Gil Leonardi / Imprensa MG)

Nada menos que R$ 7,1 bilhões é o rombo previsto pelo Governo do Estado para 2025. O déficit projetado para o ano que vem consta na Proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhada pelo governador Romeu Zema (Novo), à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A proposta, que estima as receitas e as despesas do Executivo, foi recebida durante reunião ordinária nessa terça-feira (15).

De acordo com a LOA, a receita total programada para 2025 é de R$ 126,7 bilhões. Já a despesa está estimada em R$ 133,8 bilhões. O déficit previsto para 2025 é inferior aos R$ 8 bilhões do exercício fiscal de 2024. 

Na mensagem à ALMG, Zema disse que houve melhora na previsão do resultado fiscal do Estado devido ao crescimento da arrecadação tributária. Estima-se que essa receita terá aumento de R$ 5,9 bilhões no ano que vem. 

Com relação às despesas, o governador disse que elas se devem à elevação dos gastos constitucionais com saúde, educação e fomento à pesquisa científica, que serão maiores devido ao crescimento da receita tributária.

O governador ainda destaca o aumento de R$ 1,1 bilhão na despesa com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública em 2025. Os números utilizados na elaboração da LOA levam em consideração a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que prevê a retomada parcial do pagamento da dívida com a União.

Zema ainda disse que houve "pouca margem" para o governo adotar medidas capazes de reduzir gastos públicos significativamente, em razão das vinculações de receita com gastos constitucionais obrigatórios. 

“Mas é certo que estão sendo envidados todos os esforços no sentido de se atingir o equilíbrio fiscal, o que se reflete na progressiva melhoria dos resultados financeiros de Minas Gerais”, afirma.

Ele ainda defendeu união de esforços para melhorar a situação fiscal do Estado. “É indispensável, para tanto, a participação dos Poderes Legislativo e Judiciário na discussão e aprovação de medidas estruturais, legislativas e administrativas com esse objetivo”, argumenta.

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