(Carlos Rhienck)
O surgimento, pouco a pouco, da imagem gigante do mestre das curvas, Oscar Niemeyer, durante uma oficina no muro da Escola Municipal Padre Francisco Carlos Morais, no bairro São Geraldo, Leste de Belo Horizonte, atraiu a atenção de muitas pessoas. Com gestos precisos e suaves, o grafiteiro Marcelo Gomes de Assis, o Marcelo Gud, de 31 anos, foi dando forma à imagem do mestre, que morreu aos 104 anos às 21h55 do último dia 5, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, de infecção respiratória. Considerado um dos nomes mais influentes da arquitetura moderna mundial, Niemeyer vem recebendo homenagens por todo o planeta.
“Minha ideia foi unir a arte do gênio da construção com o trabalho de rua”, resumiu. Marcelo Gud é de Belo Horizonte e pioneiro em transformar o grafite em artigo cultural, no estilo de arte urbana (street art), movimento artístico relacionado às intervenções visuais das grandes metrópoles.
A oficina, sob a supervisão do grafiteiro Frederico Maciel, o “Negro F.”, reuniu diversos artistas, cada um com uma temática diferente.