Uma grávida de 27 anos, no terceiro mês de gestação, foi baleada e agredida por outras cinco mulheres, acusada de furtar um celular para comprar comida e crack. O caso foi registrado em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite dessa quinta-feira (11). Ela foi levada consciente para o atendimento médico de urgência.
Aos policiais militares, a vítima contou que furtou "sorrateiramente" um celular que estava em cima da mesa de um trailer de sanduíche pois estava com fome e era usuária de crack. Depois de ter vendido o aparelho, ela foi até um local conhecido como "Aglomerado das Antenas" para comprar a droga.
Segundo a gestante, nesse momento, uma mulher de apelido "Cal", de 29 anos, gerente do tráfico de drogas, chegou acompanhada de outras quatro mulheres e todas a teriam agredido com chutes e socos.
Depois das agressões, "Cal" teria apontado uma arma em direção à cabeça da vítima e efetuado um disparo. De acordo com a grávida, ela conseguiu se desvencilhar.
Aproveitando que as agressoras tinham se afastado, a vítima fugiu, momento em que a chefe do tráfico atirou mais quatro vezes, chegando a atingir a gestante.
Ainda no depoimento aos militares, a vítima contou que queria ser identificada no boletim de ocorrência, alegando que "seria morta de qualquer forma". A grávida contou ainda que "Cal" é conhecida por ter um "comportamento cruel" com pessoas que não obedecem suas ordens e as do irmão "Marquinho", que está preso.
Por ser conhecida da Polícia, militares se deslocaram até a casa de "Cal" e da mãe dela, mas não a encontraram.
Depois de ser socorrida em estado grave em uma UPA, a gestante foi levada para o hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte, para realizar uma cirurgia. Ela teve perfuração no tórax, com o projétil alojado no baço. A unidade hospitalar não informou o estado de saúde dela.
O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Santa Luzia.
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