Greve adia volta às aulas nas universidades federais de Minas

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia (*)
22/07/2015 às 06:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:01

A paralisação dos servidores técnico-administrativos das universidades federais de Minas Gerais, que completa nesta quarta-feira (22) 56 dias, vai afetar o calendário letivo de pelo menos duas instituições. As reitorias das federais de Ouro Preto (Ufop) e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) confirmaram o cancelamento da volta às aulas, prevista para o próximo dia 3. Há risco também para os estudantes da UFMG, segundo o sindicato da categoria.

Com cerca de 65% de adesão, o movimento, iniciado em 28 de maio, reivindica aumento salarial, fim dos cortes no orçamento da educação, extinção do fator previdenciário e melhores condições de trabalho. “Nossa proposta é um índice geral para todos os servidores públicos, com recomposição das perdas inflacionárias de 2011 a 2016”, detalha a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Cristina del Papa.

Em nota, a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) da Ufop informou que a volta às aulas fica adiada por tempo indeterminado em razão das greves dos docentes e dos servidores técnico-administrativos. A instituição garantiu, porém, a continuidade das matrículas dos calouros selecionados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Dúvida

Maior universidade federal do Estado, a UFMG deve definir os rumos do segundo semestre na próxima semana quando, conforme a assessoria de imprensa da instituição, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) se reunirá.

O Sindifes garante, no entanto, que a paralisação irá prejudicar o início do semestre letivo. “Já podemos afirmar, com certeza, que o semestre da UFMG não começa no dia 3”, diz a coordenadora-geral da entidade.

A UFMG tem 33.242 estudantes matriculados nos cursos de graduação presenciais e à distância.

Mais 10

Somente o campus Teófilo Otoni da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), onde estudam cerca de 1.100 alunos, terá as aulas prejudicadas pela greve dos funcionários. A assessoria de imprensa da instituição informou que estudantes de Diamantina não serão afetados.

Servidores das universidades federais de Juiz de Fora, Lavras, Alfenas, Viçosa, Uberlândia, São João del- Rei, do Triângulo Mineiro e de Itajubá, além de funcionários técnicos e administrativos do Cefet-MG e do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) também aderiram à paralisação.

Representantes da categoria se reúnem nesta quinta-feira (23) na Faculdade de Medicina da UFMG, em Belo Horizonte, a partir das 9h, para deliberar sobre a continuidade da paralisação dos servidores. O governo federal ofereceu reajuste de 21,3%, de 2016 a 2019.

27,3% de reajuste salarial é o que pedem os servidores; percentual diz respeito a perdas inflacionárias de 2011 a 2016


(*) Com Raquel Ramos - Hoje em Dia
 

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