(Valéria Marques / Hoje em Dia)
A greve do metrô de Belo Horizonte chega ao oitavo dia consecutivo nesta quarta-feira (21) com 100% das viagens paradas. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a paralisação total, iniciada na última quinta-feira (14), já provocou um prejuízo de R$ 2 milhões.
Em assembleia realizada nesta terça (20), a categoria optou pela sequência do movimento e por não aceitar a escala de funcionamento proposta pela CBTU. Com isso, a greve total segue ao menos até esta quinta-feira (22), data em que está previsto o leilão de privatização do metrô de Belo Horizonte.
Caso o leilão ocorra, o serviço voltará a funcionar, com escala mínima, já na sexta-feira (23). Caso não ocorra, o serviço será normalizado.
Prejuízo
A CBTU estima que o prejuízo gerado pela paralisação total do sistema nos últimos dias já chega a R$ 2 milhões. O levantamento, de acordo com a empresa pública, não considera a arrecadação que era prevista com a proximidade do Natal.
Segundo a companhia, estava prevista a extensão do horário de funcionamento das estações Eldorado, Santa Efigênia, Minas Shopping e Vilarinho, localizadas perto de shoppings.
“A CBTU-MG preocupa-se, também, com a saúde financeira da Empresa, que depende diretamente da venda das bilheterias para sanar suas obrigações monetárias, inclusive no que tange os salários dos empregados e fornecedores”, afirmou a companhia.
Segundo a CBTU, a paralisação total afeta cerca de 100 mil usuários.
Leilão
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou que o leilão do metrô de Belo Horizonte ocorrerá nesta quinta-feira, às 15h, na Bolsa de Valores, em São Paulo. Até o momento, uma empresa já apresentou proposta para arrematar o empreendimento.
O lance mínimo para a concessão do metrô é de R$ 19,3 milhões, e o investimento a ser realizado ao longo de 30 anos de contrato é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 2,8 bilhões serão aportados pelo governo federal, R$ 440 milhões pelo governo estadual e o restante pelo vencedor da licitação.