Paralisação

Greve dos professores: audiência de conciliação será realizada nesta quarta-feira em BH

Servidores da rede municipal estão em greve desde 6 de junho

Bernardo Haddad
@_bezao
02/07/2025 às 08:56.
Atualizado em 02/07/2025 às 09:09
Professores da rede municipal fizeram assembleia em frente à PBH nessa terça-feira (1°) (Valéria Marques/ Hoje em Dia)

Professores da rede municipal fizeram assembleia em frente à PBH nessa terça-feira (1°) (Valéria Marques/ Hoje em Dia)

Uma audiência de conciliação entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (SindRede-BH) será realizada nesta quarta-feira (2) para tentar colocar um fim na paralisação dos profissionais. Os professores reivindicam 6,27% de recomposição salarial, retroativa a janeiro, com base no reajuste do piso nacional do magistério, enquanto o Executivo Municipal oferece 2,49%.

Na terça-feira (1°), servidores da rede municipal de educação decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por cerca de 4 mil educadores que participaram de uma assembleia em frente à sede da prefeitura da capital. A paralisação completa 26 dias com mais de 90% das escolas municipais sem aulas.

Os trabalhadores que aderiram à greve tiveram os dias não trabalhados descontados. A Procuradoria-Geral do Município informou, nesta segunda-feira (30), que os  contracheques dos servidores públicos municipais foram disponibilizados para consulta no período da manhã com descontos.

Professora da rede municipal e diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), Carolina Pasqualini compareceu ao movimento que bloqueou a avenida Afonso Pena e criticou as “melhorias” oferecidas pela PBH. 

“Estamos em movimento de greve há mais de 20 dias, levamos quase 18 dias para abrir uma mesa de negociação com a equipe do prefeito. Após não apresentar grandes melhorias nas propostas, a prefeitura endurece, faz o corte de ponto, tenta judicializar a greve. Quanto mais a PBH endurece, mais o movimento ganha fôlego e força”, disse. 

Conforme o Sind-Rede/BH, cerca de 4 mil servidores compareceram à assembleia nesta terça-feira (1°). A professora Carol Pasqualini afirma que a classe está “indignada” e “quer a valorização salarial”. 

“A educação tem verba própria e BH é uma cidade muito rica. O que falta para a prefeitura é ter vontade política de dar uma valorização digna aos professores e cumprir, no mínimo, o aumento do reajuste do piso salarial nacional do magistério de 6,27% que faz a adequação dos valores no Fundep”, destaca. 

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou a decisão dos profissionais da Educação de manterem a greve e afirmou que está aberta ao diálogo com a categoria. O município ressaltou que o reajuste de 2,49% foi acordado com todas as demais carreiras de servidores. 

Além disso, a PBH afirma que propôs a quitação, até o final do ano, de férias-prêmio já calculadas e processadas. O governo também garantiu a recomposição das perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2022, além da nomeação de 376 servidores para os anos iniciais e outros professores aprovados em concurso vigente.

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