A greve dos servidores municipais de Belo Horizonte, que já dura mais de 15 dias, será debatida na próxima segunda-feira (20) na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo o deputado Rogério Correia, um dos autores do requerimento da audiência pública, além das reivindicações da categoria, os servidores estão insatisfeitos com a falta de disposição da prefeitura para dialogar com os grevistas. A audiência vai acontecer em função de um pedido dos representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) e do Sindicato dos Trabalhadores em em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) que procuraram o parlamentar, com o intuito de formar uma frente de mediação entre o Executivo municipal e os trabalhadores. Até o momento, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresentou duas propostas aos servidores, sendo que a última prevê um reajuste salarial de 6,2% pago antecipadamente, caso a arrecadação aconteça conforme previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). Desta forma, o pagamento será feito retroativamente a agosto deste ano e não mais em dezembro, como já havia anunciando anteriormente. Mas para a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Célia de Lélis, esta proposta não atende às reivindicações dos servidores que exigem reajuste salarial de 22%, aumento no valor do vale-refeição e outros sete pontos estão na pauta dos trabalhadores. A sindicalista informou ainda que a prefeitura chamou as entidades sindicais para uma nova reunião, que deve acontecer ao meio-dia da próxima segunda-feira. "A gente espera que desta vez a Prefeitura realmente dê uma resposta satisfatória às revindicações dos servidores", disse a presidente. Ainda de acordo com Célia Lélis, caso a proposta atenda à categoria, a greve pode acabar ainda na segunda-feira, já que às 14 horas os trabalhadores ser reunirão em assembleia na Praça da Estação, no Centro da capital. Paralisação Os servidores municipais de Belo Horizonte estão em greve desde o dia 30 de abril e reivindicam melhores salários e condições de trabalho. Aderiram à greve trabalhores da saúde, educação, administração geral, fiscalização, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Sudecap, Belotur e fundações municipais de Parque, Cultura e Zoobotânica. A estimativa do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) é de que 60% dos servidores estão parados.