Um dia depois das comemorações que marcaram o Dia Nacional da Adoção, o Grupo de Apoio Doce Adoção (Gada), de Santa Luzia, na Grande BH divulgou um manifesto em que critica o posicionamento de autoridades governamentais em relação ao tema veiculado pela mídia. Segundo a nota, o grupo reconhece "o empenho e compromisso de muitos profissionais da Vara da Infância e Juventude de Minas Gerais que, assim como o movimento dos grupos de apoio à adoção, lutam para garantir a vida em família a crianças e adolescentes", mas manifesta "indignação" pelas declarações de órgãos oficiais que apontam como causa da grande demora dos processos de adoção as exigências dos pretendentes em adotar um filho. O grupo cita o artigo "A culpa não é dos habilitado", de Silvana do Monte, no qual se afirma que o Estado deve "fazer uma mea culpa por todos os erros cometidos ao logo de anos, pela 'desimportância' com a qual tratamos nossas crianças e adolescentes, os quais relegamos à titulação de filhos do Estado ou filhos de ninguém". Segundo o Gada, "a verdade é que faltam políticas públicas eficientes, inclusive com trabalho de preparaçãodos pretendentes à adoção (lembrando que na Itália o curso preparatório é de dois anos), além da criação deoutras estratégias que venham promover ações para romper preconceitos e as barreiras das exigências, em benefício das crianças 'reais' que esperam por uma família". "Esclarecemos que estas estratégias já são propostas do Movimento Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção e destacamos aqui uma delas: A possibilidade dos pretendentes à adoção poderem realizar o Apadrinhamento Afetivo de crianças acima de 7 anos, o que hoje, a lei não permite", ressalta o manifesto.