Há 42 dias sem aula, greve de escolas de Ibirité não tem data para acabar

Hoje em Dia
10/04/2013 às 15:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:43

Os alunos da rede municipal de educação de Ibirité, na região Metropolitana de Belo Horizonte, já estão há 42 dias longe das salas de aula e a greve não tem data prevista para terminar. Durante assembleia realizada na terça-feira (9), os professores do município decidiram pela manutenção do movimento. A categoria rejeitou a contraproposta de 5,83% de reajuste oferecido pela prefeitura. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 20%, piso nacional do magistério, licença maternidade de 180 dias, além de valorização profissional, instituição da data-base e reajuste da cesta-básica, entre outros itens.   “No setor administrativo, a defasagem salarial é superior a 40%. Além disso, a prefeitura, que não paga o piso nacional e descumpre a lei 11.738/2008, quer aumentar a jornada de trabalho do magistério sem a devida compensação nos salários. Isso é ilegal e inaceitável”, diz Rafael Calado, coordenador da subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores na Educação (Sind-UTE Ibirité).   Denúncia   O sindicalista denuncia que a categoria está sendo alvo de práticas antigreve. “A prefeitura ameaça demitir e cortar o ponto, além de estar substituindo grevistas por profissionais sem a devida qualificação. Muitos foram pressionados e coagidos a voltar ao trabalho. São métodos que afrontam o direito de greve, além de configurar claramente a prática de assédio moral. Tudo isso também é ilegal: a greve não foi julgada e as exigências da Lei de Greve estão sendo cumpridas. Quanto ao assédio moral, o Sindicato vai tomar as devidas providências na Justiça”, afirma Calado.   Na terça-feira (9), a juíza da comarca de Ibirité Sabrina Alves Freesz indeferiu liminar impetrada pela prefeitura, que pedia a decretação da ilegalidade da greve. No mesmo dia, os sindicalistas se reuniram com o Ministério Público para expor os motivos da paralisação e denunciar as práticas antigreve. O órgão se propôs a mediar uma solução e convocou o prefeito para uma audiência na próxima quinta-feira (11). 

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