(PF/Divulgação)
O hacker detido em Belo Horizonte nesta terça-feira (14) movimentou pelo menos R$ 1 milhão em golpes e crimes cibernéticos. Conforme a Polícia Federal (PF), o suspeito de 25 anos é de classe média alta e possuí carros de luxo e importados. Ele foi apreendido durante Operação Darkode, deflagrada em várias cidades do mundo, em parceria com a Cuber Division do FBI. A ação já é considerada a maior cooperação internacional da área cibernética. Na capital mineira foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo um na casa do suspeito, no bairro Cidade Nova, região Nordeste de BH, e outro na empresa em que o rapaz trabalhava. O local, contudo, não foi revelado. Os federais apreenderam diversos equipamento de informática, dentre eles computadores, tabletes e pen drive. O jovem, que já tinha passagem pela policia por crime cibernético, foi levado para a sede da PF, onde foi ouvido e liberado. A polícia acredita que o suspeito irá cooperar com as investigações. Caso isso não ocorra pode ser solicitada a prisão preventiva. Ainda segundo a PF, o suspeito irá responder pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado pela fraude. Se condenado a pena máxima pode pegar até 8 anos de prisão. No Brasil, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO). Em todo o mundo são 62 investigados. Operação Darkode As investigações foram iniciadas em março deste ano e identificou hackers brasileiros dentre os maiores especialistas mundiais em crimes cibernéticos já presos pela PF. Estes possuem uma grande reputação entre membros de um fórum internacional chamado Dakode*, chegando a alcançar os níveis mais especializados do canal. O Darkode foi utilizado para a negociação criminosa de dados de cartões de crédito, ferramentas, credenciais, vulnerabilidades, lista de e-mails e todo o tipo de informação que possa ser usada para a prática de crimes cibernéticos. Os criminosos chegaram a criar uma empresa de fachada especializada em segurança biométrica, para contratar programadores que atuavam no desenvolvimento e atualização de sistema fraudulento. Um desses programadores chegou a criticar a PF, dizendo que a instituição não prendia hackers de verdade. Além do Brasil, participaram da operação as unidades especializadas em crimes cibernéticos de mais outros 18 países, dentre eles Israel, Alemanha, Reino Unido, Romênia, Bósnia, Sérvia, Índia, Suécia, Dinamarca e Colômbia. A maior quantidade de investigados foram presos na Romênia, com 16 mandados. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, por associação criminosa, furto qualificado pela fraude, entre outras condutas criminosas. *Com informações de Renato Fonseca