(Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), que virou herói na internet após condenar nove réus do mensalão, será o responsável por julgar o pedido de liberdade de Bruno Fernandes. O goleiro, suspeito no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, está preso desde julho de 2010 e, desde dezembro do ano passado, aguarda o julgamento do pedido de liberdade.
Segundo o advogado de defesa, Francisco Simim, o futuro de Bruno está perto de ser definido e a expectativa é que a decisão ocorra em no máximo 30 dias. "No fim da semana, irei até Brasília na tentativa de agilizar a apreciação do habeas corpus", disse.
O otimismo não é só parte dos advogados. Na tarde de segunda-feira (17), Simim visitou o atleta na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, e disse que ele está tranquilo e confiante. " O que ele deseja é voltar a jogar. Quando for solto, Bruno irá se apresentar ao Flamengo junto com os advogados", afirmou Simim. O STF confirmou a redistribuição do processo depois da aposentadoria de Cezar Peluso.
Relembre o caso
Bruno, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, o primo Sérgio Rosa Sales e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, respondem aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O julgamento que definirá o futuro dos acusados não tem previsão de ocorrer.
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.