Hipercentro de Belo Horizonte vai contar com 120 novas câmeras de monitoramento em até quatro meses

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia
19/05/2015 às 18:32.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:06
 (RENATO COBUCCI/ SECOM)

(RENATO COBUCCI/ SECOM)

A instalação de 120 câmeras de monitoramento desde o bairro Santa Branca (Pampulha) até as imediações da rodoviária foi a principal medida anunciada pelo subsecretário estadual de Políticas sobre Drogas, Rafael Miranda, para aumentar a vigilância e deter o aumento da criminalidade no hipercentro de Belo Horizonte.

Em reunião com empresários, representantes do setor público e moradores, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL), a tônica dos debates foi o avanço de roubos e da violência que, segundo comerciantes, está relacionado à presença de traficantes e usuários de drogas na região.

A previsão é de que os equipamentos, adquiridos com o apoio do Ministério da Justiça e da prefeitura, sejam instalados no prazo de dois a quatro meses. Hoje 309 câmeras do programa Olho Vivo funcionam na cidade.

Além disso, Miranda anunciou que serão comprados dez ônibus com câmeras especiais, que alcançam um raio de três quilômetros, além de 20 motocicletas e armas de choque (taser) para o policiamento ostensivo. Dentro de 15 dias, garantiu, também serão criadas bases comunitárias de policiamento e vigilância na região. "Essa força-tarefa vai coibir a criminalidade na região".

O subsecretário informou que a pasta está mapeando os usuários de crack na cidade e oferecendo capacitação a 500 policiais para lidar com dependentes químicos. "No entorno da rodoviária está a maior parte dos usuários de crack" da cidade. Ele adiantou que o modelo de Centro de Referência Estadual em Álcool e Drogas (CREAD) está sendo revitalizado em parceria com a UFMG e que, no prazo de 60 a 90 dias, será instalado um desses centros na cracolândia da capital. Também serão feitas blitzes educativas junto aos usuários de drogas.

"Aqueles que quiserem receber tratamento serão levados para o Cersam" (Centro de Referência em Saúde Mental), o que é desaconselhável por especialistas da área, e para as comunidades terapêuticas. "Teremos de 1.500 a duas mil vagas para as comunidades terapêuticas, que vão receber por produção e não por número de vagas", informou Miranda, sem explicar tais critérios. Segundo ele, esses dependentes passarão por diagnóstico, feito por médicos psiquiatras, mas a "internação" tem caráter voluntário (o usuário não pode ser conduzido a esses locais contra a sua vontade).

Ele disse ainda serão fortalecidas as ações de investigação, por parte da Polícia Civil, e de videomonitoramento, que será feito pela Polícia Militar. Porém, não informou nada sobre o aumento do efetivo policial. "Haverá concurso para contratar mais policiais", resumiu.

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