De acordo com a Polícia Civil, grupo teria causado prejuízo estimado em R$ 260 milhões a produtores rurais, investidores e instituições financeiras
De acordo com as apurações da Polícia Civil, grupo desviou mais de 1.500 cabeças de gado, vendidas sem o conhecimento ou repasse de valores aos proprietários (Divulgação / PCMG)
A Polícia Civil de Minas divulgou, nesta terça-feira (19), resultados da operação deflagrada nos dias 11, 12 e 13 deste mês para desarticular um grupo que estaria atuando em Curvelo, região Central do Estado, em crimes de roubo de gado.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva do principal alvo da operação, um homem de 50 anos com dupla cidadania (brasileira e americana), apontado como líder do esquema. O grupo, que atuava de forma organizada e com divisão de tarefas, teria causado prejuízo estimado em R$ 260 milhões a produtores rurais, investidores e instituições financeiras.
Durante as buscas, foram recolhidos 27 veículos - dentre tratores, quadriciclos, caminhões e caminhonetes - e implementos agrícolas, mais de 1.300 cabeças de gado, armas, munições, documentos, equipamentos eletrônicos, além de outros bens utilizados no esquema.
As apurações, a cargo do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), indicam que o grupo desviou mais de 1.500 cabeças de gado – inicialmente entregues para engorda – mas que foram vendidas sem o conhecimento ou repasse de valores aos proprietários.
“Além disso, foram identificados golpes envolvendo leilões simulados, emissões fraudulentas de duplicatas e operações financeiras ilícitas. Estima-se um prejuízo superior a R$ 70 milhões, além de uma tentativa de empréstimo de R$ 60 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, informou o chefe do Depatri, delegado Felipe de Freitas.
“As ações policiais contaram com a participação de diversas unidades policiais e incluíram a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico. As investigações continuam, buscando identificar outros envolvidos e ampliar a responsabilização pelos crimes cometidos”, finalizou Freitas.