Homem é acusado de feminicídio em povoado no Norte de Minas

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
21/02/2018 às 21:50.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:30

Um homem de 36 anos foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pelo homicídio da própria companheira no povoado de Estreito de Miralta, no Norte de Minas. Investigações mostraram que Rejane Borges da Silva, de 34 anos, morreu em janeiro após ter sido espancada pelo marido, com quem vivia há 15 anos. 

Segundo a PCMG, no dia 13 de janeiro de 2018, a vítima deu entrada no hospital Universitário em Montes Claros com lesões na região abdominal, mas ela se recusou a ficar internada para realizar o tratamento, assinando um termo de responsabilidade no hospital. Três dias depois, em razão do agravamento do seu estado de saúde, ela retornou ao mesmo hospital, mas não resistiu aos ferimentos

Após a morte da mulher, o autor procurou um posto policial para registrar Boletim de Ocorrência, alegando que a mesma havia sofrido um acidente de motocicleta, sendo esta a causa das lesões que a levaram a procurar atendimento médico. Mas a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher recebeu a denúncia de que, no dia 12 de janeiro, foram ouvidos gritos na residência do casal, levantando-se fortes suspeitas de que o verdadeiro motivo da morte de Rejane teria sido a agressão.

Após a investigação, a Polícia Civil realizou a prisão preventiva do suspeito, na estrada que dava acesso a sua residência. Na ocasião, ele confessou que teria se desentendido com a vítima, causando-lhe agressões na região do abdômen, o que a teria levado a procurar atendimento hospitalar.

As investigações apontam que as agressões já aconteciam há muito tempo, mas não foram denunciadas pela vítima devido ao medo que ela sentia do investigado. Há uma suspeita de que o companheiro tenha obrigado a mulher a assinar o termo de responsabilidade no hospital. 

A PCMG ainda investiga se o suspeito teria intenção de requerer o seguro DPVAT em razão da morte da companheira, já que existem evidências de que o registro do Boletim de Ocorrência posterior ao óbito poderia ter, também, esta finalidade. O preso deverá ser indiciado por feminicídio e falsidade ideológica e, se condenado, as penas somadas poderão atingir até 35 anos de reclusão.


 

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