Os dois estavam sem se falar havia um ano; no dia do crime, estavam no mesmo bar, mas em mesas separadas
Suspeito foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, por uso de emboscada e por dificultar a defesa da vítima (Divulgação/PCMG)
Um homem de 29 anos foi indiciado nesta sexta-feira (11) suspeito de ter matado o próprio pai, de 49, em Montes Claros, no Norte de Minas. O crime aconteceu no dia 31 de março e teria sido motivado por desentendimentos relacionados ao fechamento de uma empresa na qual os dois eram sócios.
Segundo testemunhas, desde o encerramento das atividades, o investigado culpava o pai pelos prejuízos financeiros e enfrentava dificuldades econômicas, o que teria gerado o rompimento do relacionamento deles há cerca de um ano.
De acordo com informações da Polícia Civil, no dia do crime, pai e filho estavam no mesmo bar momentos, mas em mesas separadas. A vítima estava acompanhada da companheira, enquanto o suspeito estava com dois amigos. Após sair do estabelecimento antes do pai, o investigado se posicionou em uma rua lateral próxima ao bar, se escondendo atrás de um veículo, e aguardou a saída da vítima. Ao surpreender o pai, o suspeito efetuou vários disparos de arma de fogo, causando a morte do homem no local.
O suspeito foi localizado em um hotel onde foi preso em flagrante. A arma usada no crime não tinha registro e foi apreendida. Durante o interrogatório, o investigado optou por permanecer em silêncio. A delegada responsável pelo caso, Franciele Drummond, afirmou que a investigação reuniu fortes indícios de que o crime foi premeditado, apontando que o suspeito conhecia a rotina da vítima e sabia que ele frequentava o bar sempre às segundas-feiras, no mesmo horário.
“A partir de diligências, imagens e depoimentos de testemunhas, ficou claro que o investigado sabia da rotina do pai, armou-se e aguardou o momento exato para cometer o crime, que foi meticulosamente planejado”, explicou a delegada.
Com a conclusão da investigação, o suspeito foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, por uso de emboscada e por dificultar a defesa da vítima. O investigado segue detido no sistema prisional, à disposição da Justiça.
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