(Tribunal de Justiça de Minas Gerais / Divulgação)
A Justiça condenou Adriano Eustáquio de Oliveira Braga, de 44 anos, a 20 anos e oito meses de detenção por homicídio qualificado, feminicídio e fraude processual contra Vanusa do Carmo dos Santos, de 37. A sentença do Primeiro Tribunal do Júri de Belo Horizonte foi proferida no final da tarde desta quinta-feira (8).
A sentença determinou ainda que o condenado seja mantido preso enquanto aguarda recurso.
O crime ocorreu em 16 de setembro de 2020, no Jaqueline, região Norte da capital. Na ocasião, o réu atingiu a companheira com vários golpes de faca dentro do carro. A vítima foi levada para o hospital Risoleta Neves, mas não resistiu aos ferimentos.
Durante as investigações, Adriano contou à Polícia que o pneu do carro em que o casal estava havia furado e, enquanto fazia a troca, bandidos se aproximaram e esfaquearam Vanusa. A Justiça entendeu que o denunciado usou de "inovação artificiosa, ao apresentar versão inverídica a fim de dar credibilidade à sua história".
Durante o interrogatório, o réu confessou ter matado a vítima, mas alegou que não premeditou o crime. Adriano Eustáquio afirmou que a faca usada estava dentro do carro porque ele iria para o sítio de um amigo cortar bananas. O réu afirmou ainda que estava sob forte emoção e, por isso, desferiu as facadas.
Mas a Justiça entendeu que o crime foi cometido por motivo torpe diante da decisão da vítima de colocar o fim no relacionamento do casal.
De acordo com a sentença, o denunciado usou recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ter cometido crime de feminicídio.
O casal viveu junto por 22 anos e tinha um filho, atualmente com 11 anos. Segundo a Justiça, Adriano Eustáquio e Vanusa dos Santos tinham um relacionamento conturbado, com brigas frequentes e discussões, marcado por violência física, patrimonial e psicológica que levou a vítima a se separar do companheiro.
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