(Divulgação/ Polícia Civil )
Pelas redes sociais, um homem de 34 anos comercializava drogas e negociava entregas de entorpecentes em Belo Horizonte. O suspeito foi preso nesta quinta-feira (5), após três meses de investigações da Polícia Civil.
Na casa dele, no bairro Alto Caiçaras, região Noroeste da capital, foram encontrados haxixe, LSD e material para embalo e consumo das drogas, que eram vendidas em formato de kit. Esta é a terceira vez que ele é preso por este tipo de delito.
O que chamou a atenção dos investigadores foi que, para manter o haxixe conservado por mais tempo, o suspeito embalava a droga a vácuo usando uma empacotadora portátil.
Segundo o delegado Windsor Pereira, as investigações acontecem, agora, para descobrir quem fornecia as drogas para ele. “Já sabemos que ele não produzia. Este tipo de material (LSD, haxixe) pela forma em que está, já era comprado pronto e revendido”, afirmou.
Uma das possibilidades é que os entorpecentes teriam vindo do Estado do Rio de Janeiro. A venda na Grande BH acontecia, de acordo com os investigadores, em festas, casas noturnas e festivais e música eletrônica.
Drogas caras
O haxixe, segundo os policiais, é uma droga que costuma ser vendida por preço mais alto do que a maconha, mesmo sendo extraído do mesmo princípio ativo, o THC. O delegado Pereira explicou que isso acontece devido ao efeito alucinógeno mais potente.
“O haxixe é mais forte e o que era produzido por este suspeito era um dos mais caros a ser comercializado. Isso devido ao marketing boca a boca, mas também por ser mais forte”, comentou.
Tanto o LSD, que o suspeito tinha também em gotas - além dos tradicionais comprimidos -, e o haxixe são drogas vendidas por alto preço, o que para o sub-inspetor Gabriel Baceletti faz com que pessoas de maior poder aquisitivo as consumam.
“Não é possível traçar um perfil de usuário porque são drogas que tem uso difundido. Mas devido ao preço, com certeza se trata de usuários que têm condições financeiras maiores para conseguir comprar”, explica.
O homem foi detido dentro de casa, no bairro Alto dos Caiçaras. Ele não resistiu à prisão e responderá por tráfico de drogas, crime pelo qual já havia sido preso duas vezes, uma em 2010 e outra em 2013.
Códigos
Para não falar explicitamente sobre as drogas que vendia, o suspeito usava "apelidos". Nas conversas, o haxixe é chamado de "pão de mel", o LSD de "xurupita" e drogas, "cerveja".
Leia mais:
Preso o 'braço direito' de maior traficante de pasta base de cocaína em Minas
'Tesoureiro' que movimentava milhões do tráfico na Serra é preso em casa de três andares; veja fotos
Polícia prende quadrilha com 21 traficantes, 6 da mesma família