Richardson Alexandre da Silva, de 30 anos, que forjou o sequestro de uma criança e o furto de um veículo, está sendo procurado pela polícia. A falsa denúncia de crime teria ocorrido por conta de uma briga com a esposa. O homem acionou a polícia dizendo que seu carro havia sido furtado em Vespasiano, na Grande BH, e que seu filho, que teria dois anos, havia sido levado pelos supostos bandidos. No entanto, o crime não ocorreu. Segundo a polícia, Richardson e a esposa estão em processo de separação, mas, conforme a versão da mulher, o homem não estaria aceitando o término do relacionamento. No sábado (19) ele foi até a casa onde morava, pegou alguns objetos pessoais e foi embora no carro da família, um Ford Ka de cor preta. Em seguida, o homem foi para casa de um amigo na rua 13, bairro Nova Pampulha, em Vespasiano, onde estava hospedado. No domingo (20), a mulher ficou sabendo do paradeiro do ex-marido e foi até residência onde ele estava. No local, com uma chave reserva, ela entrou no carro e levou o veículo embora. Richardson viu que a esposa havia pegado o automóvel e acionou a PM, informando que seu carro havia sido furtado e, seu filho havia sido levado pelos supostos criminosos. "Após a denúncia, imediatamente mobilizamos oito viaturas diretamente para esta ocorrência, pois se tratava de um caso extremo, de sequestro de criança. Além disso, toda a rede da PM, entre estas a Rotam, o grupo especializado em área de risco e até o serviço de inteligência, foram ordenados a darem preferência ao caso", descreveu o chefe da comunicação da PM, tenente coronel Alberto Luiz. No entanto, no início da manhã desta terça-feira (21), a polícia soube que toda versão dada por Richardson era uma farsa. Os militares foram até a casa da mulher, onde a mesma revelou que a filha do casal, de pouco mais de 1 ano, estava com ela e que o Ford Ka havia sido estacionado por ela próximo a um lava-jato. "Ele deve ser detido por falsa comunicação de crime. Além disso, no Boletim de Ocorrência ele inventou o nome do suposto filho", explicou o tenente coronel. O caso será investigado pela Polícia Civil.