Ibama promete usar multa de R$ 250 milhões em projetos ambientais na região

Letícia Alves - Hoje em Dia
15/11/2015 às 16:44.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:29
 (EUGÊNIO MORAES/HOJE EM DIA)

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou neste domingo (15) que a multa de R$ 250 milhões aplicada à mineradora Samarco, responsável pelas barragens que ruíram e devastaram o distrito de Bento Rodrigues e região, será aplicada para o desenvolvimento de projetos ambientais com o objetivo de reestruturar a área afetada. O instituto classificou o acidente como o maior do Brasil na área de mineração.

A presidente do Ibama, Marilene Ramos, visitou moradores de Bento Rodrigues e Paracatu no hotel onde eles estão alojados, em Mariana, na tarde deste domingo, quando explicou a destinação da multa. "Vamos fazer de tudo para trazer o dinheiro para aplicar aqui, na região afetada".  Entre os projetos para promover a recuperação ambiental que deverão ser realizados, estão obras como de saneamento, coleta e tratamento de esgoto.

"O Rio Doce está completamente destruído e poluído. Vamos garantir recursos para os danos ambientais. Esse é o maior desastre do Brasil e um dos maiores do mundo na área de mineração", afirmou a presidente do Ibama. Marilene também se encontrou com o prefeito de Mariana, Duarte Junior, e representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes.

O gestor da cidade mais afetada pelo desastre disse que poderá ser assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a mineradora não recorra da penalidade. Em contrapartida, a Samarco teria desconto de 40% sobre o valor - o que resultaria em uma dedução de R$ 100 milhões. Nos próximos dias, o Ibama e a Advocacia-Geral da União (AGU) planejam ajuizar uma Ação civil pública para reparação dos danos ambientais.

Atualizada às 17:34

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