(Anderson Rocha)
Familiares de mortos na tragédia de Brumadinho começam a chegar à Academia de Polícia Civil (Acadepol), na Gameleira, na região Oeste da capital, para o processo de identificação de corpos, na manhã deste sábado (26). A Polícia Civil recomenda que pessoas em busca de notícias levem, se possível, número de RG da vítima e informações de características corporais, como tatuagens. Até as 9h desta manhã, um corpo foi identificado, mas a identidade não foi repassada à imprensa.
A Acadepol está localizada na rua Oscar Negrão de Lima, número 200, na Gameleira. No local, foi montado um ponto de apoio extraordinário para a centralização de informações. Ao chegar no prédio, o familiar preenche um cadastro e recebe orientações da polícia.
Infelizmente, alguns corpos não poderão ser identificados pelos rostos. Por isso, há a recomendação para que o familiar leve o máximo de dados que possam ajudar a identificar o parente.
Sem notícias
Uma das pessoas desaparecidas é o analista de TI Helbert Vilhena Santos, 32. O jovem mora em Venda Nova, na região Norte de BH e viaja diariamente para Brumadinho para trabalhar. Toda a família do rapaz busca informações sobre Helbert.
“Fizemos um cadastro, passamos informações sobre ele e uma foto. Nos pediram para ir para casa pois não adianta esperar aqui. Os corpos que chegaram estão sujos de lama e serão lavados primeiro”, contou a cunhada do jovem, a assistente social Patrícia Corrêa, 32.
Ela e a mãe de Helbert acreditam que o analista esteja vivo, ilhado em algum lugar. Emocionada, a dona de casa Maria da Glória, 55, ainda não acredita no que aconteceu. Ela se apoia na fé.
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