Idosa é suspeita de esquartejar e enterrar marido no piso da casa onde moravam

Deborah Almeida
dcosta@hojeemdia.com.br
01/09/2021 às 16:35.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:48
 (Reprodução / Polícia Civil )

(Reprodução / Polícia Civil )

Uma idosa de 62 anos foi presa, nessa terça-feira (31), suspeita de matar o próprio marido, esquartejá-lo e enterrá-lo sob o piso da cozinha da casa onde moravam, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Policiais civis chegaram ao local após receberem uma denúncia anônima.

De acordo com a corporação, as informações davam conta de que a vítima, de 55, estaria enterrada no quintal do imóvel. Lá, os agentes se depararam com um retângulo de concreto na área externa do domicílio. Segundo o delegado Fábio Werneck, as equipes escavaram o local, mas não encontraram nada. 

Durante a inspeção no interior da casa, foi notado um mau cheiro e um pequeno retângulo no chão, trincado, estufado e com material e cor que destoavam do restante do piso. Ao escavar o chão da cozinha, os policiais encontraram um saco que continha um corpo esquartejado.

Além da denúncia anônima, a polícia também averiguou que foi feita, pela família do homem, uma ocorrência de desaparecimento em 11 de agosto.

Outro crime

Em 2012, a suspeita foi presa por colocar soda cáustica em uma garrafa de água que estava na geladeira. O marido bebeu o líquido e foi hospitalizado, e a companheira ficou aproximadamente 90 dias detida. Após ser solta, voltou a morar na mesma casa que o homem. 

Os vizinhos informaram à polícia que a convivência do casal era tumultuada e que a mulher não parecia gostar do marido. Reprodução/Polícia Civil / 

Inicialmente, as buscas foram feitas no retângulo de concreto situado no quintal da casa

Possíveis motivações

Além dos conflitos conjugais, o delegado relatou que as investigações apontam motivação financeira para o crime. A vítima fez um empréstimo de R$ 8 mil para custear uma cirurgia para câncer de próstata e a suspeita teria cometido o assassinato para ficar com o dinheiro. Até o momento, esse valor não foi encontrado.  

De acordo com Werneck, no início das buscas, a mulher se mostrou muito solícita, provavelmente pensando que o corpo não seria achado, mas adotou uma postura fria quando foi acusada. Ela teria dado diversas versões sobre a história, que conflitavam entre si, inclusive alegando que um amigo do companheiro havia pernoitado na casa em 10 de agosto, dia anterior ao desaparecimento. Porém, a moradora não sabia informar nome, telefone ou endereço do rapaz.

As investigações vão continuar. A polícia apura, ainda, se uma terceira pessoa participou do crime. 

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