As duas prisões ocorreram nesta quarta-feira (18) na região de Venda Nova, durante "Operação Égide" da Polícia Civil
Delegada Letícia Muller e delegado Diego Lopes, ambos da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) (Divulgação/ PCMG)
O homem de 28 anos, preso durante a segunda fase da Operação Égide nesta quarta-feira (18) no bairro Mantiqueira, em Venda Nova, é suspeito de agredir a enteada, que na época tinha apenas cinco meses com um “chacoalhão” por ter se irritado com a neném. Segundo a Polícia Civil, ele pode pegar até cinco anos de prisão pelo crime cometido em 2017.
De acordo com o delegado Diego Lopes, a vítima era filha da então namorada do homem. O policial afirma que o suspeito teria chacoalhado o bebê por ter se irritado com ela. Na data do crime, a neném foi internada no Hospital Odilon Behrens com quadro de convulsão, e risco severo de morte.
Os médicos constataram que ela apresentava um quadro neurológico de natureza grave. Os exames determinaram que ela foi vítima de um chacoalho, que causa um efeito-chicote no pescoço. Segundo o delegado, a agressão gerou risco à vida daquele bebê.
O suspeito já havia sido preso e condenado por roubo antes do crime. Em 2020, ele foi detido por violência doméstica contra a mãe do bebê que ele agrediu. Ainda conforme o delegado, durante o andamento do processo, ele teve outra filha com a mulher, mas hoje não tem mais relação com as vítimas.
A segunda fase da operação Égide também prendeu um homem, de 63 anos, condenado por estupro de vulnerável cometido contra a enteada, que na época tinha 8 anos. O indivíduo foi preso nesta quarta-feira (18) no bairro Copacabana, em Venda Nova.
O crime ocorreu quando o homem era companheiro da mãe da vítima. De acordo com a Polícia Civil, os abusos duraram algumas semanas até que a criança denunciou o caso para uma tia, que levou a situação para os policiais.
“Ela relatou para a tia que o indivíduo há um certo tempo praticava atos libidinosos contra ela, que consistiam em toques nas suas regiões íntimas. Isso ocorreu por algumas semanas, e ela conseguiu relatar e cessar esses abusos", explica a delegada Letícia Müller, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente.
O homem não resistiu à prisão, mas negou ter cometido o crime. Conforme a polícia, o homem não tinha antecedentes criminais.
A delegada alerta a população para que sempre “se preocupem com suas crianças e adolescentes e vejam se elas estão mudando de comportamento”.
“Sempre estejam abertos a ouvi-los e deem crédito ao que elas estão falando, porque em grande parte dos casos, não há qualquer motivo para essa vítima inventar o que está falando. A gente fica muito feliz que essa vítima foi acolhida pelos familiares, e hoje esse indivíduo está condenado", afirmou.
Leia mais