IEPHA abrigará futura casa do patrimônio

De volta à antiga casa, mas em um novo espaço para restaurações, exposições e consultorias, só para ficar em alguns exemplos. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) retornará ao histórico prédio verde, como é conhecido, na Praça da Liberdade, na zona Sul de Belo Horizonte, e abrigará a Casa do Patrimônio Mineiro.   A informação foi adiantada pela nova presidente do Iepha, Michele Abreu Arroyo. A historiadora é a entrevistada de amanhã do Página Dois, do Hoje em Dia. Após trabalhos bem sucedidos à frente da Diretoria de Patrimônio Cultural de BH e da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Minas, ela assume o desafio de comandar o principal órgão em defesa do patrimônio das Gerais.   “O Iepha precisa ser recolocado no lugar de destaque que merece. Nossos trabalhos serão revistos, expandidos e, claro, terão mais visibilidade”, afirma Michele. Segundo ela, o retorno ao prédio verde deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Antes, o imóvel demandará reformas em dois andares e no sistema hidráulico.   A edificação abrigou originalmente a Secretaria de Agricultura de Viação e Obras Públicas e, por 17 anos, foi sede do Iepha. Até lá, as atividades do instituto continuarão a ser feitas no prédio da rua Aimorés, no bairro de Lourdes.   Conforme Michele, na futura Casa do Patrimônio, restaurações em peças sacras e outros bens culturais feitos por técnicos, que atualmente ocorrem no ateliê do Instituto, serão potencializadas e poderão ser acompanhadas por profissionais da área e visitantes. Além disso, haverá capacitações para trabalhos mais delicados.   “Os conhecimentos sobre as corretas intervenções em elementos artísticos relacionados à arquitetura, como pau a pique, tipos de pintura, telhado, adobe, dentre outros, serão repassados à mão de obra de outras cidades”, afirma. Escolas também poderão formar grupos de estudantes para conhecer o trabalho do Iepha, acrescentou a nova presidente. Outra possibilidade que está sendo avaliada é a digitalização de acervos antigos, como dossiês de tombamento, que ficarão mais acessíveis aos interessados.