(Frederico Haikal)
As obras do BRT (sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus) seguem a passos lentos, com poucos homens trabalhando e serviços parados. No Centro de Belo Horizonte e na avenida Cristiano Machado, os trabalhos estão mais adiantados do que nas avenidas Pedro I e Antônio Carlos.
A intervenção na Pedro I foi dividida em três partes. Uma, na interseção com a avenida Vilarinho; outra, no meio da via; a última, na divisa com a Antônio Carlos. Na terceira, apesar de a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura informar que estão sendo construídas estações de transição, a equipe do Hoje em Dia encontrou, por volta das 13h40 de ontem, apenas dois operários plantando grama.
No meio da avenida, que está sendo duplicada, as obras pararam devido a um entrave nas desapropriações. Os moradores entendem que a Prefeitura de Belo Horizonte poderia oferecer mais dinheiro pelos terrenos.
“Além disso, não sabemos se vão demolir as casas parcialmente ou por completo. Isso está atrapalhando”, diz a presidente da Associação dos Moradores das avenidas Pedro I, Vilarinho e Adjacências, Ana Cristina Campos Drumond. A previsão é a de que os dois lados façam uma reunião após 25 de janeiro.
Os únicos trechos onde a equipe do Hoje em Dia encontrou funcionários trabalhando com frequência foram na interseção da Pedro I com Vilarinho e na Cristiano Machado, na altura do Minas Shopping.
No entanto, o número de operários deixa intrigados os moradores das regiões, que querem o fim da obra o quanto antes.
“Estão muito devagar e, na minha opinião, tinham que colocar mais gente”, diz o vendedor Antônio Eustáquio Silva, de 55 anos, que mora na Cidade Nova. A secretaria não se manifestou sobre a quantidade de funcionários nas obras.