Ércio Quaresma, advogado do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", usou os 45 minutos que lhe foram concedidos para apresentar os primeiros argumentos na defesa de seu cliente. Entretanto, inconformado, disse que termina sua fala mesmo ainda tendo 36 questões para serem ponderadas e que não abandonaria o júri.
O advogado de "Bola" questionou o uso de histórico de relações telefônicas e citou uma entrevista dada pelo promotor Henry Vasconcelos um dia após o julgamento de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", no qual o representante do Ministério Público de Minas Gerais afirmou que indiciaria dois policiais civis por suspeita de envolvimento na morte de Eliza Samudio.
O defensor explicou que o histórico de ligações telefônicas ainda está em investigação e, por isso, não poderia já estar incluído no processo.
Troca de testemunhas
Durante sua oitiva no julgamento, Quaresma disse que queria trocar a testemunha Cristiano Lopes de Almeida pela delegada Alessandra Wilke. Segundo ele, a policial foi arrolada como testemunha em outra ocasião, mas que um juiz indeferiu a audição dela.
O advogado insinuou ainda que o promotor Henry Vasconcelos não leu o processo, uma vez que o representante do MP afirmou anteriormente que a delegada Alessandra Wilke não havia sido arrolada como testemunha em nenhum outro momento, mas, sim, como autoridade policial que participou das investigações.