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Infectologista diz que obrigatoriedade do uso de máscaras contra Covid-19 em BH devia ser ampliada

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
17/11/2022 às 17:52.
Atualizado em 17/11/2022 às 18:28

Infectologista referência no combate à Covid-19 alerta que BH vive uma nova onda da doença e que precisa entender o quanto antes como ela se comportará. A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou nesta quinta-feira (17) a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte coletivo e em ambientes de saúde da capital.

A decisão da PBH coincide com um aumento no número de casos e da maior procura por testes rápidos de Covid na cidade. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro, "há duas semanas, a taxa de positividade dos testes de Covid-19 na capital estava em 3%. Na semana passada, aumentou para 5% e, atualmente, subiu para 15%".

Esse aumento na taxa de positividade da doença é um alerta, de acordo com o infectologista e ex-membro do Comitê de Enfrentamento da Covid em BH, Estevão Urbano. "Significa que há uma tendência de aumento. É um sinal claro de uma possível explosão de casos em Belo Horizonte".

"Acredito que estamos vivendo uma nova onda, mas precisamos entender a magnitude dessa nova onda. Se a analisarmos o quanto antes, pode ser menor. Se demorarmos a fazer esse estudo, pode existir a explosão de casos e internações", alertou o especialista.

Para tentar evitar esse aumento de casos, a PBH decretou a volta do uso de máscaras em transportes públicos e nas unidades de saúde. Para Estevão Urbano, a medida é válida, mas requer um acréscimo. "Foi muito bom, foi uma medida acertada. Mas eu, como infectologista, tenho a opinião de que deve aumentar para locais fechados, ampliando a proteção. Então acho que deveria voltar o uso em escolas, shoppings, lojas, e supermercados, por exemplo".

Nesta sexta-feira (18), a Prefeitura deve publicar um decreto com as novas orientações acerca da volta da obrigatoriedade do uso de proteção facial.

A medida será válida por 15 dias para hospitais, postos de saúde, clínicas, ônibus, táxi, metrô e transportes escolares e por aplicativo, como Uber.

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